Donnerstag, 6. Januar 2011

Prós e contras do uso da casca da Aloe e da Aloína

Prós e contras do uso da casca da Aloe e da Aloína

A ampla discussão a respeito de se utilizar ou não a casca das folhas da Aloe vera Linné e Aloe arborescens Miller, preservando as abençoadas propriedades de cura dessas plantas, pode ser resumida da seguinte maneira:

Ao longo de milênios, usava-se só a parte interna das folhas, seu cerne gelatinoso. Esse suco valioso era também cozido, tornado consistente até a cristalização. Por séculos produziam-se os mais importantes remédios a partir desses cristais. Sabemos que qualquer produto da natureza perde suas propriedades naturais com seu aquecimento e fica, inteiramente, diferente de um produto natural fresco. Assim é que esses produtos históricos da Aloe puderam trazer muitas bênçãos, mas também apresentavam diversos efeitos colaterais, provocados pelo teor de aloína nos cristais. Na Aloe desnaturada, ocorre um colapso na harmonia das mais de 300 substâncias que se complementam mutuamente, de maneira que a aloína escapa dessa ligação de efeito neutralizante por intermédio de outras substâncias, o que em determinadas concentrações tem efeito nocivo.

A partir do gel da Aloe, produzem-se, atualmente, excelentes bebidas vitais como complemento nutricional que agora é processado em sua forma natural e fresca. Citamos apenas algumas das firmas ativas nesse setor da saúde: Forever Living Products (EUA), recordista mundial de vendas do Aloe Vera Gel, LR-International da Alemanha, Cassiopéia Ind. e Com. Ltda. em Jarinu SP., Jungconsult do Brasil Ltda. em Bom Retiro SC., ProAloe Produtos da Natureza em Porto Alegre RS. produtos da firma SunSplash International (EUA). (vide tambem http:www.iasc.org/complete.html)

Esses produtos naturais, oferecidos hoje em dia em nível mundial, não conhecem os efeitos colaterais históricos dos cristais da Aloe e constituem assim as mais excelentes bebidas vitais. Os ministros da saúde da União Européia recomendam que se comam diariamente 5 porções de frutas ou verduras frescas. A Aloe é uma verdura e a mais valiosa entre todas as espécies de frutas e verduras, devido ao extenso leque de substâncias vitais oferecido pela natureza por intermédio dela, desde que o suco seja aproveitado “in natura“.

Falsificações da Aloe

Nesse setor é preciso ter muito cuidado. Como já amplamente descrito na literatura, há quase 2000 anos, pelo médico grego Pedáneo Dioscórides, autor de cinco volumes sobre remédios; bem como pelo escritor romano Plínio, o Velho, em sua História Natural, de 37 tomos (Naturalis historia), já ocorriam, naquela época, muitas falsificações da Aloe. É necessário assegurar-se, na compra de suco de Aloe, de que ele seja puro e não misturado com água, que tenha sido obtido diretamente do gel puro da parte interna de folhas frescas e mantido em condições naturais.

Se possível, o suco ou o gel devem ser extraídos logo após o corte das folhas; há, todavia, algumas exceções, em que as folhas cortadas permanecem guardadas no escuro por uma semana a dez dias, a 3º C, para possibilitar um estímulo biológico que, segundo a teoria do Prof. Wladimir Petrowitsch Filatow, ativa ainda outros efeitos adicionais de cura. Nessa fase de escuridão e frio, a folha da planta luta pela sobrevivência e ativa todas as forças de que dispõe.

No preparo, só podem ser usados conservantes testados e liberados pelas autoridades da área da saúde como o sorbato de potássio, benzoato de sódio e citrato de sódio como também o antioxidante ácido ascórbico (vitamina C) e o acidulante ácido cítrico, largamente usados na conservação de alimentos. Em depósito arejado e fresco, as folhas cortadas duram, normalmente, até um mês.

Para o uso oral, nunca se deve usar sucos preparados com gel anteriormente aquecido, secado a quente ou cristalizados a quente, com adição posterior de água. Existe também suco de Aloe primeiro secado à frio. Se bem que esse gel, em forma de pó seco, ao qual, depois, é adicionada água na proporção de 1:200 até 1:400, ainda preserve grande quantidade de efeitos terapêuticos, a bebida feita com gel natural deve ser sempre preferida, pois as substâncias vitais nela contidas são muito mais ativas.

Aloe desnaturada e cristalizada

Em países frios, dentre os quais a Alemanha, Áustria e Suíça, a Aloe cristalizada teve seu renome afetado por alguns séculos. De 1000 até 1920 era fornecida na forma cristalizada, ou seja, desnaturada.

Esses cristais tornaram-se conhecidos como laxantes e também abortivos, sob os nomes de Drasticum e Emmenagogum, quando usados em doses excessivas. Devemos levar em consideração que para 1 g de Aloe cristalizada são necessárias 200 a 400 g de suco dessa planta.

Esses cristais eram pesados em gramas e miligramas e preparados para medicação segundo fórmulas exatas que apresentavam bons resultados no combate a muitas doenças. A literatura dos últimos 500 anos contém grande quantidade de relatos de sucessos terapêuticos. Nos tempos modernos, esses cristais de Aloe caíram em completo desuso, devido os seus efeitos colaterais. Existe hoje a Aloe em pó somente por via de secagem à frio, utilizada em larga escala pela indústria de cosméticos. Até hoje não há melhor produto para a pele e tratamento estético que a Aloe, sendo encontrada em milhares de diferentes preparados.


Forças vitais de suco e gel frescos de Aloe

As bebidas de Aloe 100% naturais, contendo apenas estabilizadores e conservantes aprovados pela indústria alimentícia, têm um efeito muito superior ao do produto cristalizado e são empregadas em todo o mundo na terapia até de doenças muito graves sem os antigos efeitos colaterais já mencionados. Graças aos modernos meios de transporte aéreo, o seu suco ou mesmo suas folhas chegam frescas a qualquer parte do mundo. O Brasil já é um exportador de Aloe e, no futuro, será o maior fornecedor do mundo, devido ao seu vasto território ideal para o plantio. A Aloe tem o potencial para ultrapassar um dia a soja e o café na pauta das exportações brasileiras..

Fazem parte das principais aplicações do gel fresco de Aloe, os seguintes quadros: queimadura da pele por raios solares, ácidos, radioatividade, raios X e radioterapia. Mesmo em casos de queimaduras de terceiro grau, teve o melhor efeito.

A Aloe também foi a que apresentou os melhores resultados nos casos de: inflamações estomacais, úlceras de pernas, caspas, escamas, acne, eczemas, tuberculose, anemia, diabetes, rinite, enurese noturna, hemorróidas, micose, coceira, picadas de insetos, cortes causados por objetos pontiagudos, ferimentos e inflamações nos olhos.

Receios quanto as Antraquinonas

Entre a casca da folha da Aloe e o gel, há uma fina camada que contém derivados de antraquinonas (aloína, barbaloína, socaloína, aloemodina e capalina). Suspeita-se que essa camada não só cause o câncer como contribua para o aumento de pólipos nos intestinos. Isso acontece com 100% de certeza no caso de gel de Aloe aquecido e cristalizado ou, simplesmente, pasteurizado ainda com os seus teores de derivados de antraquinonas total para o uso oral. Com toda a razão, o Ministério Federal da Saúde da Alemanha faz um alerta a respeito disso. O BfArM (Instituto Federal de Remédios e Produtos Medicinais da Alemanha) fez exigências de limitação na indicação e no uso de laxantes à base de antraquinonas, que contenham drogas, preparados de drogas ou substâncias isoladas de determinadas plantas, além de exigências quanto à embalagem condizente com a terapia. O texto do aviso, de 21.6.1996, foi publicado no Diário Oficial Federal da Alemanha nr. 123, de 5.7.1996, na página 7581.

Essas medidas atingem remédios feitos com espécies de plantas medicinais como Andira, Cassia (folhas de senes, frutos de senes), Rhamnus (casca de árvore), Rheum (raíz de ruibarbo) e Aloe. Eles só podem ser prescritos em casos de obstipação, por curto período, e não mais em outras áreas de aplicação, como, por exemplo, melhoria do processo digestivo, para a assim chamada depuração do sangue ou para perda de peso. O uso desses remédios não deve estender-se por mais de uma ou duas semanas, por isso as embalagens só podem ser oferecidas em tamanhos correspondentes. Elas devem mencionar a contra-indicação, como, para gestantes e lactantes, bem como para crianças com menos de dez anos.

Essa ordem entrou em vigor em 1º de novembro de 1996: a partir de 1º de fevereiro de 1997, a empresa farmacêutica passa a ser obrigada a apresentar os produtos em tamanhos de embalagem e bulas adequados, seguindo as determinações da lei relativa a remédios. Essas providências, visando redução de riscos, fizeram-se necessárias para esclarecimento do consumidor; as atualizações das bulas informam o médico e o paciente sobre o estado atual dos conhecimentos científicos.

O uso de laxantes naturais que estimulam a função intestinal está largamente difundido entre a população. Ainda que tais remédios sejam utilizados há muito tempo, até hoje relativamente pouco se conhece a respeito de pesquisas precisas sobre as propriedades farmacológicas dos extratos das plantas e das substâncias que as compõem. O proveito médico desses remédios e os perigos relacionados ao seu uso eram avaliados com base nos conhecimentos médico-científicos existentes.

Entre os possíveis riscos desses medicamentos, principalmente quando usados por longo período, está o efeito muito intenso (diarréia) e perturbações no funcionamento normal dos intestinos que, podem levar a um processo de desequilíbrio da água e do sal no organismo com graves efeitos no sistema cardiovascular.

Por iniciativa do antigo Departamento Federal de Saúde da Alemanha (BGA), a partir de 1992, foram examinados todos os aspectos relevantes dos benefícios e possíveis riscos desses medicamentos. Essa reavaliação foi feita em função de exames toxicológicos com o Anthrachion Danthron, que na época apontaram para um efeito cancerígeno nos testes com animais. Seguiram-se pesquisas sobre efeitos de alterações genéticas de algumas substâncias das espécies de plantas mencionadas acima, bem como observações num pequeno estudo de que, em pacientes com tumores nos intestinos, havia indícios de uso freqüente e por período extenso desses estimulantes da função intestinal. Essa informação obrigou a uma revisão.

Para tanto foi preciso reunir todos os conhecimentos relevantes e avaliá-los. Isso valeu para a determinação qualitativa e quantitativa de antrácicos contidos nesses medicamentos, bem como para testes sobre os efeitos dessas substâncias sobre alterações genéticas e, ocasionalmente, de câncer, bem como a análise de efeitos sobre o metabolismo após a ingestão dos medicamentos.

Além disso houve a avaliação dos casos suspeitos de efeitos colaterais e dos exames epidemiológicos sobre o volume de uso de laxantes contendo antraquinonas, principalmente, os que se referiam à incidência de tumores intestinais, nos seres humanos, relacionada ao uso desses medicamentos.

Os resultados de todos esses exames levaram o Instituto Federal para Remédios e Medicamentos da Alemanha à conclusão de que, no caso de utilização desses medicamentos por longo período, o risco de um efeito danoso supera em muito o possível benefício.

Seu emprego por período curto e a observação dos avisos quanto à segurança da utilização não representam, porém, qualquer perigo de efeitos colaterais.

Por tal motivo o ministério alemão repete as muitas recomendações feitas já no passado quanto ao uso de quaisquer tipos de laxantes. É de suma importância que o usuário leia as informações contidas nas embalagens e as indicações quanto à maneira e ao tempo de uso, a fim de evitar danos à sua saúde. Aliás, é de se observar que, a rigor, o emprego de laxantes é indicado pela medicina somente em poucos casos.

O paciente deve dar prioridade à prevenção da prisão de ventre e não ao uso de estimulantes da função intestinal, os quais deveriam ser usados somente na falta de efeito da mudança do padrão alimentar ou de preparados de fonte natural como, por exemplo, a linhaça e outras sementes.

A respeito disso, converse com seu médico ou peça o conselho de um nutricionista.

Até aqui o texto do ministério da Alemanha (BfArM).

Experiências bem sucedidas com suco fresco de Aloe com a casca das folhas

As preocupações narradas acima revelaram-se infundadas na utilização da Aloe fresca. Nos livros atuais da medicina, a mesma nunca é citada. As referências à Aloe nestes livros acadêmicos sempre, estão aludindo a seus cristais, a sua forma morta e desnaturalizada que, atualmente, caiu em desuso..

Em contrapartida, a Aloe é usada, hoje em dia, como um suco de legumes natural. A preparação somente com o gel, a parte interna das folhas, proporciona um suco vitalizante, apreciado por mais de 100 milhões de pessoas diariamente no mundo inteiro. Além desse, existe o suco de Aloe feito com o aproveitamento da folha inteira ou seja com a inclusão da casca, mas sem os espinhos. Misturado com mel e álcool, é feito há décadas no Brasil e em outros países. Nessa ultima fórmula da mistura feita em liqüidificador, permanecem presentes todos os elementos antraquinonas. A união direta das folhas da Aloe com casca (sem espinhas) na forma natural e fresca com mel puro e álcool aparentemente elimina o efeito negativo dos elementos antraquinonas (aloína) e transforma os mesmos em componentes muito valiosos para a nossa saúde. Já existem estudos, feitos no Japão, que confirmam essa hipótese.

Se, porém, os antraquinonas foram usados isoladamente, sem serem integrados com todos os componentes naturais da Aloe, ou se este preparado Aloe/mel/álcool for aquecido para a produção de cristais ou para a pasteurização, os receios do Ministério da Saúde da Alemanha podem vir a ser confirmados.

O Frei Romano Zago OFM, com experiência de Aloe adquirida desde 1988, menciona pessoas que tomam essa mistura de Aloe/mel/álcool ano à ano em inúmeros períodos de dez dias gozando de perfeita saúde. Ele mesmo recomenda um tratamento anual de dez dias com essa mistura benéfica, já que nossa “boa alimentação burguesa“ pode levar-nos, algum dia, ao câncer e tal tratamento pode defender-nos desse perigo.

O religioso relata que diversos grupos populacionais, na Venezuela e no México, há séculos fazem uso dessa forma de Aloe, gozando de invejável saúde. Nesses países, a verdura Aloe (gel e casca das folhas) faz parte, em alguns grupos, da refeição matinal. Se a Aloe fresca ocasionasse algum problema, esses grupos já teriam desaparecido.

O mesmo fenômeno ocorre, seguramente, com o efeito abortivo, ao se comparar a forma cristalizada e desnaturada da Aloe com sua forma natural. O monge franciscano Romano Zago alertava sempre que a Aloe não deve ser utilizada durante a gravidez, mesmo de acordo com a fórmula brasileira de Aloe fresca com mel e álcool. A respeito do aborto, os registros antigos citam a Aloe apenas em forma de cristais (aquecidos e, portanto, desnaturados), não havendo referências às suas folhas frescas. Ele tomou conhecimento, todavia, de que nos últimos dezoito anos inúmeras mulheres grávidas fizeram uso da Aloe em sua fórmula natural brasileira, apesar de todos os seus alertas. Nunca houve notícia de aborto devido ao uso desse produto em sua forma natural.

Ele supõe que o efeito abortivo mencionado na literatura só seja possível quando a Aloe é tomada em forma desnaturada ou cristalizada. Por motivos religiosos e de segurança ele recomenda, contudo, que mulheres grávidas se abstenham da Aloe, até que haja a confirmação oficial científica de que a fórmula brasileira, bem sucedida, dessa planta misturada com mel e álcool, não cause qualquer dano ao fruto do ventre materno.

Ele também nunca ouviu relatos negativos a respeito da fórmula por ele propagada, mesmo quando pacientes haviam ingerido doses até dez vezes maiores que as por ele recomendadas e por longos períodos. Ele conhece pessoas que tomam a mistura da Aloe diariamente há anos e que gozam da melhor saúde.

Em sua fórmula de sucesso, que há séculos faz parte da sabedoria popular brasileira, a casca da folha é sempre aproveitada. São retirados apenas os espinhos das laterais das folhas. Essa fórmula deve ser entendida como um instrumento muito especial de auxílio para a terapia médica tradicional do câncer, fibromialgia e, atualmente, também na terapia da AIDS, sendo que os resultados, principalmente, no caso do câncer e fibromialgia, são, sobremaneira, impressionantes.

Em resumo, pode-se afirmar o seguinte: o gel da Aloe, extraído da parte interna das folhas, é muito recomendável como bebida vital na prevenção e no apoio terapêutico a mais de cem doenças e para a manutenção da saúde. O gel da Aloe, junto com a casca das folhas, mel e álcool, presta-se de maneira especial para melhorar e acelerar a terapia de câncer, AIDS e fibromialgia. A boa reação dos pacientes à Aloe (segundo o Padre Romano Zago OFM na casa de 70% se o uso é feito corretamente), tendo como conseqüência o retorno do diâmetro dos capilares ao seu padrão normal e saudável, prova que a utilização dessa mistura de Aloe/mel/álcool no caso, é correta e obtém êxito expressivo, inclusive na terapia do câncer.

A esposa de um conhecido meu sofre de AIDS. Depois do relato do padre Romano Zago OFM sobre curas de AIDS com a Aloe, pedi que concordasse com um teste. Eu queria acompanhar o caso pessoalmente. Combinamos que ela se submeteria a exames regulares. Em 18.12.99 constatou-se uma carga viral na ordem de 110.000, apesar da ingestão de AZT por longo período. Depois disso sua esposa deveria tomar, em paralelo ao AZT, uma colher de sopa do preparado Aloe/mel/álcool três vezes ao dia, antes das refeições, como complemento alimentar. Em 28.1.2000, a análise revelou uma redução surpreendente dessa carga viral para apenas 23.000.

O médico que acompanha o caso dessa paciente também ficou muito surpreso. Quando esta contou-lhe que vinha ingerindo Aloe além do AZT, ele encorajou-a a continuar tomando o preparado. Pouco depois a carga de vírus caiu para 5.000.

Na casca das folhas, encontram-se valiosos óleos essenciais, todas as substâncias ativas da Aloe estão ali na forma mais concentrado, bem como as benéficas substâncias amargas que não estão contidas no gel. Por isso as empresas e instituições que, desconhecendo os resultados clínicos e as experiências feitas, condenam a casca das folhas de Aloe ao lixo, deveriam parar com sua propaganda contrária.

Aparentemente, as mais de 300 diferentes substâncias farmacêuticas da Aloe se neutralizam ou se desintoxicam mutuamente junto na presença com o mel no liqüidificador, pois que até hoje o suco da Aloe não apresentou problemas com suas parcelas de antraquinonas, o que confirma que se pode utilizar integralmente as folhas da mesma com sua casca (porém sem espinhos) no apoio à terapia de doenças graves. Os espinhos são retirados apenas para se evitar o risco de ferimentos, caso não sejam totalmente desintegrados no liqüidificador.

Algumas firmas conhecidas, que também produzem preparados à base de Aloe com casca, abrem as folhas, filetando o gel e eliminando assim a aloína por lavagem ou processam-no em forma líquida via filtragem, para depois juntar a casca das folhas da Aloe. São elas: Pharmos e Dr. Schneller da Alemanha e LifePlus (EUA). Esta última utiliza a folha integral e, por meio de um processo patenteado, extrai a “suspeita“ aloína e a Aloe-emodina.. O produto é complementado com o extrato da casca de cats claw e a raiz Suma, devido ao fortalecimento imunológico especial que se obtém.

A maior e mais importante cadeia de televisão do Brasil, a “TV Globo“ , que alcança todos os estados do país, levou, ao ar no dia 5 de abril de 2000, o comunicado do Ministério da Saúde de que a Aloe vera L. está inteiramente liberada. Decisão semelhante foi tomada também pelos órgãos responsáveis do EUA e, em alguns estados dos Estados Unidos, o uso paralelo da Aloe no tratamento de câncer pela quimio e radioterapia já é obrigatório.

Em março de 2002, fui convidado como autor do livro em língua alemã “Aloe, Imperatriz das Plantas Medicinais“ a participar, em Munique, de um programa de televisão de grande audiência na Alemanha, o “TV-Talkshow Fliege“ , ocasião em que fui saudado como “o Papa da Aloe“. Nesse programa de uma hora da TV alemã, no canal 1, ARD, também foi mostrado, ao vivo, o preparo da famosa mistura brasileira de Aloe num liqüidificador. O moderador, Sr. Fliege, e muitas outras pessoas presentes no auditório provaram dessa bebida vital única, de primeira categoria em termos de saúde, em que também a casca das folhas foi aproveitada na forma certa.

Esse programa, que já foi apresentado duas vezes no horário mais nobre na Alemanha, Áustria e da Suíça e quatorze vezes retransmitido em programas regionais ou noturnos, provocou uma verdadeira “revolução de Aloe“ nesses países. Redescoberta, a procura por essa bebida vital aumentou muito. Atualmente, a Alemanha supera o Japão no consumo do suco puro da Aloe..

O texto deste artigo é do um capítulo do livro do Autor Michael Peuser; "OS CAPILARES DETERMINAM NOSSO DESTINO", 330 pag. 6 pag. col. R$ 50,00 (no Brasil) e EUR 25,00 (exterior).
Pedidos: www.aloevital.com.br ou em todas as livrarias do Brasil ISBN 85-89850-01-3
Este livro é uma tradução do bestseller alemão: "Kapillaren bestimmen unser Schicksal".
Livro homenageado com um "VOTO DE APLAUSO" pelo Senado Federal em Brasília no mes de abril de 2010.

Dienstag, 4. Januar 2011

A Aloe (babosa) em séculos de história

A Aloe (babosa) em séculos de história

Quando revejo documentos antigos em minha biblioteca particular, surpreendo-me sempre com as menções à Aloe. Essa planta medicinal, há milênios, acompanha a humanidade. Ela está, firmemente, ancorada à história do homem faz parte de nossa civilização. Quem se ocupar em observar mais detidamente essa planta fascinante, há de constatar que, por trás de sua modesta aparência, escondem-se forças curativas de diversidade e eficácia incomuns.

Sua aplicação externa e, também interna, há séculos vem proporcionando inúmeros benefícios à saúde do organismo humano. O miolo das folhas fornece um suco que contém mais de 300 diferentes substâncias vitais, como vitaminas, sais minerais, oligoelementos, aminoácidos e enzimas e representa, até hoje, o melhor remédio da farmácia divina na terra.

Um resumo dessa história já pode ser encontrado na antiga e respeitada primeira edição da Farmacopéia alemã, que no ano de 1873, após a criação do segundo império pelo príncipe Otto von Bismarck, substituiu, por intermédio do comunicado de 1° de julho de 1872 , as várias farmacopéias que havia nos diversos Estados e Reinos da Alemanha.

O texto de quatro páginas sobre a Aloe, que consta do “Commentar zur Pharmacopoea Germanica“ (Comentário à Farmacopéia Germânica), como essa admirável obra foi denominada, é o seguinte: “A Aloe parece ter encontrado aplicação médica desde tempos imemoriais. Diz-se que Alexandre Magno (333 AC) enviou homens gregos à Ilha de Socotorá, uma ilha na ponta oriental da África, para difundir a cultura da Aloe. Dioscórides e Plínio além de mencioná-lá, diferenciam diversas espécies e têm conhecimento de falsificações da mesma.

Desde o início da era cristã, a Aloe foi um dos remédios mais utilizados. Alexandre Trallianus, médico em Tralles, na Lídia, e, mais tarde, em Roma (555), já preparava um extrato líquido desta planta“.

Na terceira edição desta Farmacopéia que, no ano de 1891, levou o título “Kommentar zum Arzneibuch für das Deutsche Reich“ (Comentário ao Livro dos Remédios para o Império Alemão), encontram-se indicações complementares ao mais antigo registro sobre a Aloe. Trata-se do Papiro de Ebers (egiptólogo), que se calcula ser da época de dois mil a mil anos antes de Cristo.

Muitas vezes a citação de Aloe no Velho Testamento – Provérbios de Salomão cap. 7, versículo 17 – é atribuída, erroneamente, à planta medicinal Aloe. Nesse caso trata-se, contudo, da madeira Aloe, Lignum aloës agallochia, rica em resina, utilizada então para ser mastigada e fumada, árvore existente na Cochinchina e Assam, catalogada como Aquitaria agallocha Roxburgh.

Essa madeira, espessa e pesada, de cor marrom avermelhado, também é conhecida como madeira da águia, madeira de agallocha, madeira do paraíso ou madeira Kalambak e provém da Exoecaria Agallocho. O aquecimento dessa madeira espalha um odor agradável, animador. De outra forma, não faria sentido o versículo 17 do livro de Salomão: “perfumei a câmara de mirra e de aloés, e de cinamomo“. Quem haveria de espalhar, em seu dormitório, um líquido pastoso extraído da planta medicinal Aloe? Tratava-se muito mais de perfumar o ambiente com a madeira Aloe. Mesmo o Imperador Napoleão I usava-a como perfume em seus palácios.

A Aloe na Babilônia e no Egito

A mais antiga menção à Aloe vem, provavelmente, da Babilônia. Foi encontrada uma receita de Aloe inscrita numa tábua de argila (de aprox. 4200 a.C.). Há mais de 5000 anos, a planta medicinal Aloe já era muito apreciada no velho Egito dos faraós. Devido ao seu poder de cura, eram-lhe atribuídas forças religiosas e ela era conhecida, como “planta da imortalidade“. Os velhos egípcios denominavam o líquido extraído das folhas de “o sangue dos deuses“.

Encontramos seus vestígios em desenhos nas paredes dos templos e nos túmulos dos faraós. Também aparece em diversas escritas em forma de hieróglifos. As portas de entrada eram adornadas, no velho Egito, com uma folha de Aloe e ela era usada também como presente de núpcias, expressando votos de felicidade, com saúde e vida longa ou como presente, quando da abertura de um negócio.

Os achados mais antigos relacionados às suas propriedades medicinais provêm, no entanto, não do Egito e, sim dos sumérios, os antecessores da alta cultura da Mesopotâmia. Numa placa de argila do século 18 a.C., desenterrada na cidade suméria de Nippur e decifrada em 1953, já estavam bem descritos os efeitos medicinais da Aloe. O Livro Egípcio de Remédios, ou seja, o já mencionado Papiro de Ebers, foi datado como sendo de 1550 a.C.. Ele está guardado na Universidade de Leipzig e contém pelo menos doze receitas medicinais, nas quais ela é destacada de maneira especial. Diz-se que Cleópatra e Nefertite apreciavam seu efeito.

O gel extraído de sua folha presta-se, excelentemente, para o tratamento da pele e serve, até hoje, como fator de embelezamento. As valiosas substâncias nela contidas têm um efeito alisante, pois aglutinam os elementos líquidos e deixam, assim, a pele mais lisa. É de se supor, todavia, que os velhos egípcios empregavam o seu suco contra queimaduras, picadas de insetos e também como desodorante.

Até agora não foi possível provar, cientificamente, que a Aloe tenha sido utilizada no embalsamamento de nobres e faraós do Egito. Nos textos achados, ela não é mencionada, especificamente, para tal finalidade. Talvez tenha sido incluída na lista dos produtos das fórmulas para embalsamar no grupo mencionado como “outros óleos e misturas“, já que, na época, a Aloe era um recurso evidente.

É de se supor que ela era utilizada para isso, pois mais tarde tornou-se costume, empregá-la em funerais. Ela também foi acrescida aos rituais fúnebres dos israelitas, que por muito tempo viveram no Egito. Mais tarde, encontramos também uma descrição do sepultamento de Cristo, em que foram utilizadas 100 libras/peso (= 32 kg) de Aloe e mirra, conforme consta nas Escrituras Sagradas – Evangelho de São João, cap. 19, versículos 39-40.

O ungüento do tempo de Jesus à base de Aloe

Prof. Fida Hassnain de Caxemir, Doctor of Indology, relatou ter o pesquisador Mirza Ghulam Ahmad chamado a atenção dos estudiosos para o ungüento usado no embalsamento e cura das feridas de Jesus. Vejamos o que ele mesmo diz: “Chegou ao nosso conhecimento um documento muito antigo de grande valor, pois pode estar relacionado à vida de Jesus. Trata-se da receita de um ungüento conhecido como “Marham-i-Issa” que vem sendo registrado em centenas de livros médicos desde tempos imemoriais. Pesquisas demonstram que o preparo do ungüento era conhecido por milhares de pessoas por meio da tradição verbal e foi registrado um pouco depois da crucificação de Jesus Cristo na farmacopéia latina“.

O estudioso também cita os títulos de 23 tratados médicos que mencionam esse ungüento. Abu-bakr Mohammad Zakariya Razi (864-932), conhecido na Europa como Rhazes, escreveu diversos tratados médicos, alguns dos quais foram traduzidos para o Latim. Ele mencionou esse ungüento em um tratado publicado em 1489, em Latim, com o título “Liber Almansoris-Continens“ e a tradução em inglês foi publicada em 1848. Sua enciclopédia médica original foi chamada de “Havi-Kabir“.

Um tratado publicado em árabe sob o título “Kamil-us-Sanaah“, por Ali bin Abbas al-Majusi (datado de 994), que era conhecido na Europa como “Haly Abbas“, é uma fonte médica importante. Foi publicado, em latim, sob o título “Liber Regius“, em 1492. Esse tratado também foi publicado em francês sob o título “Trois Traites de Anatomie Arabs“ em 1504.

Outro tratado médico famoso foi o “Al-Qanun-fi-al-Tibb“, de Abu Ali Hussain bin Abdullah bin Sena (980-1037). A versão, em latim, de Gerard of Cremona foi publicada em 1544 e é conhecida em inglês como “Canon of Medicine de Avicena”. Outro importante tratado médico, conhecido como “Hesagps“, por Jarjani, menciona o ungüento.

O ungüento do tempo de Jesus é conhecido como “Marham-i-Havarin“, o ungüento dos apóstolos, ou ”Marham-i-Rusul”, o ungüento dos profetas, ou “Marham-i-Shalikha”, o ungüento de Sheliakh. Avicena registra que esse ungüento tinha poderes miraculosos para curar feridas. O uso do mesmo podia eliminar pústulas e restaurar o tecido lesado em poucos dias. Além de proporcionar a formação de tecido novo. O ungüento ajudava na circulação de sangue e na recuperação de entorpecimento de partes do corpo.

Os doze ingredientes do ungüento do tempo de Jesus eram: 1. Aloe soccotrina Lamarck (hoje substituída pela Aloe vera L.); 2. Cêra branca, cera alba; 3. Goma gugal, também conhecida como balsamum dendron mukul; 4. Litargírio, plumbi oxidum; 5. Mirra, resina retirada do balsamum dendron mirrha; 6. Galbano, galbanum officinarum; 7. Aristolochia longa; 8. Sub-acetato de cobre, cuprum sub-aceticum; 9. Goma amoníaca, ammoniacum extraído da Dorema Ammoniacum Don; 10. Resina de pinus longifolia, resina pini, resina alba; 11. Azeite de oliva.

Os ingredientes do ungüento foram registrados, inicialmente, na Pharmacopoea Grega. O grande Abbasid, imperador Mamun al-Rashid, (913-983) estabeleceu uma biblioteca e uma escola de tradução, em Bagdá, na qual se faziam versões em árabe de trabalhos gregos sobre medicina, ciências e matemática. Foi durante a idade de ouro da medicina islâmica que a Pharmacopoea Grega foi traduzida para o árabe e chamada de Qarabadin-i-Rumi ou Pharmacopoea Latina. Esse tratado também foi traduzido para o persa e chamado de Qarabadin-i-Unani ou Pharmacopoea Grega. Todos esses tratados médicos mencionam o ungüento de Jesus e os ingredientes usados para sua fabricação.

O “Sudário Sagrado”, que é tão venerado em Turim, foi declarado autêntico no fim do ano 2002. É interessante ressaltar que os cientistas que o investigaram não eram conhecedores dos ingredientes do ungüento, mas de qualquer maneira já haviam identificado traços de Aloe e mirra. Seria de muita valia retomarem as pesquisas, uma vez que agora se conhece a fórmula completa do ungüento.

O autor da célebre obra “A história dos judeus“, Flávio Josefo (37-95 d.C.), descreveu os rituais de sepultamento dos israelitas, alí mencionando, porém, a Aloe como madeira perfumada. Sendo assim, todas as citações bíblicas da Aloe no Velho Testamento nada teriam a ver com a nossa Aloe. A tradução da palavra bíblica “ahalot“ sempre significaria, então, a mencionada madeira e não a planta medicinal. Está provado apenas que a Aloe era presenteada aos mortos e plantada em volta das pirâmides para a “viagem do faraó ao reino da morte“.

A Aloe na Ásia

Inquestionavelmente, a Aloe faz parte da lista das mais antigas plantas medicinais, conhecidas pelo homem. Também no Extremo Oriente e na Ásia, ela era muito procurada e considerada um remédio eficaz no tratamento de feridas externas e males internos. No ano de 600 a.C., a Aloe chegou à Pérsia, Sumatra e Índia, por intermédio de comerciantes árabes. Existem relatos de que as folhas de Aloe eram pisadas com os pés descalços e o suco secado ao sol. O pó daí resultante teria encontrado seu caminho rumo à Ásia. Na forma de remédio de fácil transporte foi levado pelas caravanas árabes. Acredita-se que a palavra Aloe venha desse época e tinha o significado de “amargo“.

Alexandre Magno e a Aloe

500 anos antes de Cristo, havia enormes plantações de Aloe, de alta qualidade (Aloé soccotrina Lamarck), na ilha Socotorá, no “chifre oriental“ da África. De lá, a mercadoria ia para a China, Índia, Malásia e Tibete. A lenda diz que Alexandre Magno conquistou essa ilha para melhor abastecer seu exército com Aloe, pois ele só partia para uma guerra quando dispunha de Aloe em quantidade suficiente para o tratamento dos ferimentos de suas tropas. A Aloe transformou-se, assim, numa planta estratégica, pois quem mais depressa conseguisse curar seus soldados, seria mais poderoso e reuniria melhores condições de vitória.

Depois da 2ª guerra mundial, a Aloe voltou a ser uma planta estratégica nos Estados Unidos. O exército dos Estados Unidos conta, até hoje, com o maior estoque estratégico de Aloe, para a eventualidade de um ataque nuclear ou de um grande vazamento radioativo em alguma usina atômica.

Em sua descrição da terapia de cura da Índia, o pesquisador Copra relata que desde o século IV a.C. era usual o emprego da Aloe (mussabar) no tratamento de dores e inflamações de partes do corpo e como laxante. No sânscrito, a Aloe tem o nome de Ghrita-kumari. No sânscrito Kuman, também significa menina. Acreditava-se que a força das plantas emprestava às mulheres a energia da juventude, com um efeito regenerador da natureza feminina. Na medicina Ayurveda da Índia, encontram-se diversas indicações de aplicação da Aloe como revitalizante para o rejuvenescimento, alívio de dores na menstruação e estabilizadora da circulação. A Ayurveda engloba o ser humano inteiro: alma e corpo devem viver em harmonia para se tornarem e permanecerem saudáveis.

Na China, a Aloe é conhecida como lu wei (tempestade negra) e também hsiang-tqan (bílis de elefante – devido ao sabor amargo). Existem documentos chineses versando sobre a Aloe desde a Dinastia Tang, no início do século VII. Esses registros (Li Sun, do ano 625) tratam, pormenorizadamente, de êxitos com uso interno em casos de sinusite, febre infantil causada por parasitas e, mediante uso externo, em problemas de pele.

A Aloe junto aos gregos e romanos

Enquanto Hipócrates, o pai da medicina (460-375 a.C.), não se refere à Aloe em suas obras, o médico e físico grego Pedáneo Dioscórides, de Anazarbas (na Cilícia) foi quem, no primeiro século da Era Cristã, mais detalhadamente descreveu os efeitos benéficos da Aloe e sua aplicação no combate a várias doenças.

Não era um livro qualquer; mas, sim, uma edição de luxo da famosa farmacologia de Dioscórides com o título grego Peri hyles iatrikes (em português, aproximadamente Das Plantas Medicinais), usualmente conhecido por seu nome latino De materia medica. Graças a suas descrições e indicações precisas sobre a utilização, os efeitos e as doses, o compêndio logo se transformou em um manual padrão para médicos e farmacêuticos.

Seus textos, em cinco volumes, foram, por 1500 anos, a obra didática mais destacada da farmacologia e farmácia do ocidente; no ano de 512, a Aloe é apresentada até em cores. Nesses volumes, encontramos os seguintes textos: “....de odor forte e sabor amargo, tem apenas uma raiz e um tronco. Cresce muito na Índia, de onde também vem o suco. Cresce também na Arábia e na Ásia e em determinadas faixas litorâneas e ilhas....Tem o poder de fechar feridas, aliviar as dores, secar as feridas, fortalecer o corpo e limpar o estômago...tem o efeito de estancar o sangue e inibir inflamações. Ingerida com vinho, água ou mel, a Aloe funciona como um tônico estomacal e, em quantidades superiores a três dracmas (grego: mãos cheias), como purgante. Na mistura com outros purgantes, esses têm um efeito mais moderado sobre o estômago. Seca e transformada em pó, a Aloe cura ferimentos e fecha abscessos. Cura rapidamente doenças sexuais e as feridas da circuncisão de meninos judeus (no oitavo dia depois do nascimento, feita como símbolo do pacto celebrado por Deus com Abraão). Tomada com mel, ela faz cessar o sangramento de hemorróidas e tem o efeito de curá-las. Sara inflamações e o ardor nos olhos, alivia dores de cabeça pela aplicação duma mistura com vinagre e rosácea na testa e sobrancelhas. Misturada ao vinho, ela combate a queda dos cabelos e a mistura com vinho e mel cura inflamações na gengiva e feridas na área bucal“.

Esses textos estão atualmente na Biblioteca Nacional da Áustria, em Viena, sob o título Codex Anicine Julianae.

No século XII, o grande especialista árabe Al-Idrisi sentiu-se impelido a proferir uma louvação quase blasfema: “Então também eu captei com os olhos a fonte da qual eles hauriram, e o tesouro do qual eles pediram emprestado, (e) vide, este é o livro do grego Dioscórides, que ele redigiu sobre os remédios mais simples que vêm das plantas, dos bichos e do reino mineral. Então eu o transformei em meu Alcorão e o estudei com fervor, até que tivesse decorado todo o saber nele contido....”

Plínio, o Velho (23-79 d.C.), igualmente um célebre físico, também já havia chegado a conclusões semelhantes às de Dioscórides, que viveu por volta do ano 50 d.C., sob o reinado de Nero. Dioscórides tornara-se conhecido em todo o Oriente como médico-viajante e pesquisador da natureza. Em vários livros, ele publicou uma teoria terapêutica contendo muitas receitas para o tratamento de algumas centenas de doenças.

Em seus extensos capítulos sobre o efeito positivo de plantas, ele descreve a Aloe como uma de suas preferidas. Recomendava a aplicação do sumo fresco da Aloe em muitos casos, como tratamento de feridas, dores de estômago e intestinais, inflamações da gengiva, dores nas articulações, coceira, queimaduras do sol, acne e queda dos cabelos.

A partir do segundo século da Era Cristã, a Aloe passou a ser um dos principais componentes da terapia ocidental e muito utilizada pelos médicos romanos Galeno, Antillo e Aretaco. O médico grego Paulo de Egina descreve a, no ano de 685, como remédio contra inflamações e utilizava-a contra tumores e dores externas.

As cruzadas trazem a Aloe à Europa Ocidental

No século IX, aparecem os escritos do célebre filósofo, arquiteto e médico árabe Avicena, confirmando as observações de Dioscórides e Plínio, complementando-as com o tratamento dos olhos e também, de forma muito interessante, da melancolia (!). Em seus textos, ele usa para a Aloe a denominação sabhra ou sebrara (sírio), respectivamente Sabir ou sabr (árabe), que significam “substância amarga e brilhante“.

As cruzadas, a conquista de Jerusalém e a ocupação da península ibérica pelos árabes trouxeram mais um impulso para a divulgação da Aloe e seus múltiplos poderes de cura. No século X, o patriarca de Jerusalém recomendou essa planta medicinal a Alfredo, o Grande, da Inglaterra. Por esse caminho, ela chegou à Bretanha.

Durante a Idade Média, a utilização da Aloe se propagou pela Europa, sobretudo na Espanha, Portugal e Itália, onde também passou a ser plantada. Por ocasião de suas fantásticas viagens ao Extremo Oriente, Marco Polo anotou muitos exemplos de aplicação que lá encontrou. Na célebre escola de medicina de Salerno, era o remédio mais utilizado. Robert Dehin exaltou-a em versos em seu conhecido livro Docteur Aloes. Numa poesia, ele já escrevera, então, que a Aloe destrói o câncer.

Mesmo Theophrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido como Paracelsus, descreve a de forma pormenorizada em sua grande obra do ano de 1529 e que, atualmente, vem sendo reimpressa. Numa carta a Amberg, ele menciona “a misteriosa e secreta Aloe cujo suco dourado cura queimaduras e desintoxica o sangue“.

A Aloe na América

Na América, os maias da península de Yucatán e os aborígenes da Flórida tinham alto apreço pela Aloe, “fonte de eterna juventude“.Os indígenas estavam familiarizados com seu uso medicinal. Esfregavam o suco diluído por todo o corpo, a fim de se proteger de mosquitos durante suas árduas caminhadas por terrenos pantanosos. Essa propriedade de repelir insetos passou a ser usada, mais tarde, pelos índios , para proteger a madeira e outros materiais mediante aplicação de suco da Aloe, garantindo-lhes a preservação por muitos anos.

Colombo ficou entusiasmado com a grande quantidade de Aloe que encontrou no Novo Mundo e comunicou ao administrador do tesouro real, Luis de Santágel, o seguinte: “Suas Altezas, já agora, podem estar certas de que poderei trazer-lhes tanto ouro quanto quiserem (...) Além disso estarão à sua disposição especiarias, algodão e resina de mastique nas quantidades que desejarem (...) Também Aloe e escravos poderão ser importados na quantidade desejada“. Colombo já se considerava o salvador das finanças do Estado! Em seus diários Colombo cita, nos dias 21 e 23 de outubro de 1492, as espécies de Aloe encontradas na América e ordena que uma boa quantidade seja levada a bordo.

No século XV, os jesuítas “descobriram“ na Espanha, o seu alto valor de cura, depois de terem estudado os textos antigos dos gregos e romanos. Como acompanhantes dos descobridores e conquistadores, sempre levavam espécies de Aloe na bagagem e disseminaram, pela América Latina até o México e Texas, as espécies conhecidas na Europa e África.

A demanda por Aloe crescia sempre mais e, por isso, a Coroa Real Inglesa decidiu criar um centro de produção em sua colônia de Barbados. Em 1775, o historiador Griffith Hughes escreveu: “Cada escravo pega três ou quatro baldes. Eles cortam as folhas na parte final da raíz e as deitam nos baldes com a superfície de corte para baixo. Como as folhas dispõem de veias longitudinais, o suco flui em gotas sendo, então fervido por cinco horas numa caldeira de cobre, até que se forme um resíduo sólido, parecido ao açúcar...“.

Essa produção, em larga escala, não se limitou a Barbados. Pouco depois, também foi encontrada na África do Sul, em Aruba, nas costas do Mar Vermelho, nas Antilhas Holandesas, na Ilha de Curação e na Jamaica. Em 1801, o historiador Quilame Olivier relatou que, na Índia, a Aloe era utilizada para regular a menstruação e aumentar a fertilidade. Em seu livro de consultas sobre a economia da Ìndia, Sir George Watt publicou, em 1908, que ela era empregada no tratamento de mais de 40 enfermidades.

Em 1701, o Duque de Braunschweig-Wolfenbüttel da Alemanha mandou cunhar uma moeda de prata com o desenho da Aloe. O motivo foi o florescimento de uma Aloe na Alemanha.

A Aloe entre os povos nativos da África

Relata-se que o botânico inglês M. Miller, ao chegar ao Cabo da Boa Esperança, ficou admirado com a pele muito bonita e lisa dos nativos, inclusive, dos mais idosos. Ele passou a observar sua forma de vida e constatou que lavavam seu corpo e seus cabelos com o gel da Aloe. Hoje é sabido que ela não apenas cura a pele, mas que também lhe dá tratamento e proteção, servindo ao mesmo tempo por isso como proteção contra picadas de insetos. Também funciona como desodorante e, por isso, os nativos tomavam banhos de Aloe, para abrandar o cheiro de sua pele. Dessa maneira, também suas caçadas tinham mais sucesso, já que os animais não sentiam seu odor.

O célebre pesquisador da África, Sir Robert Burton, observou um ritual de enterro dos aborígenes na Etiópia e na Somália, em que a Aloe era plantada sobre os jazigos dos mortos. O florescimento da Aloe indicava que os falecidos tinham sido recebidos no paraíso. Uma outra tribo africana tomava banhos públicos usando o seu suco quando havia algum surto de gripe. Os médicos-feiticeiros bantus já diferenciavam vinte espécies diferentes de Aloe para o tratamento de feridas, inflamações nos olhos, resfriados e mesmo doenças sexuais, hemorróidas e mau funcionamento do intestino.


Aloe cristalizada para fórmulas e receitas secretas

Infelizmente, devido do clima frio, a Aloe chegou às regiões centrais e do norte da Europa, somente em forma cristalizada, ou seja, totalmente desnaturada. Nos países em que era plantada, sobretudo na África, o sumo era extraído pelos aborígenes, cozido, tornado consistente e processado até a cristalização, sob condições extremamente primitivas e sem higiene. A “Pharmacopoea Germanica”, de 1873, relata casos de impurezas e falsificações.

Na massa da Aloe, havia sido encontrado piche de navios e outras espécies de detritos, restos de areia, marfim queimado e resíduos de borracha. Apesar de terem sido processados mediante aquecimento, esses cristais desnaturados ainda se prestavam a muitos fins medicinais e uma rica coletânea de fórmulas atesta a grande variedade de aplicações por mais de 1000 anos. Contrariamente ao produto fresco das folhas vivas, esses cristais se tornaram conhecidos na aplicação de altas doses como forte laxante (Drasticum) e mesmo abortivo (Emmenagogum).

Uma grama de cristal de Aloe corresponde a, aproximadamente, 200 a 400 g de gel fresco da mesma planta. Devido à alta concentração da Aloe cristalizada, as quantidades necessárias eram pequenas. Na escrita da época, a Farmacopéia para o Império Alemão, de 1891, continha a seguinte observação: “Em pequenas doses (0,02-0,06 g) a Aloe é usada como tonificante, em doses de 0,06-0,3 g como laxante leve e em doses maiores como Drasticum. Ela é ministrada em casos de prisão de ventre, contenção digestiva e por seu efeito ativador dos vasos sangüíneos do baixo-ventre para dar fluxo às hemorróidas, como Emmenagogum, em congestões cerebrais, do coração e dos pulmões. Para uso externo, ela encontra aplicação como clister, pós e pomadas para os olhos, emplastros e, em estado líquido, para curar feridas. O povo consome a Aloe como laxante e até para combater a febre, tomando-a em quantidades maiores ou menores diluídas em aguardente“.

Uma frase da “Pharmacopoea Germanica“, o livro do farmacêutico do Império Alemão, de 1873, é muito curiosa. Lá se lê: “Devem ser repreendidos os farmacêuticos que, por pouco dinheiro, vendem grandes quantidades de Aloe para uso humano, o que eu encontrei freqüentemente. Para uso dos homens, eles bem poderiam vender a Aloe purificada, em forma de porções pequenas e, portanto, mais cara“.

Enquanto nos países mais quentes da Europa, África, Ásia e América, a Aloe era cultivada nos jardins e quintais como planta de primeiro-socorro, muitos habitantes da Europa do Norte e Central mantinham-na em seus lares ou jardins de inverno. Até 1920, ainda não havia luz elétrica em grande parte da Alemanha, nem ligação de gás nas cozinhas. A dona da casa tinha que manter sempre acesa a chama do fogão, rachar a lenha e trocar, constantemente, os anéis da chapa de aquecimento, conforme o tamanho da panela.

Para as freqüentes queimaduras no fogão caseiro ou ferimentos por corte na cozinha, mantinha-se, em casa, a planta da Aloe que se constituía, na época o remédio, mais eficaz e apreciado dada a rapidez com que ocorria a cura. Uma planta de Aloe vera L. fazia parte, naquela época, dos utensílios de cozinha.

Em fins do século XIX, o famoso escritor alemão Wilhelm Busch citava-a em suas alegres histórias ilustradas: “Eis a amarga Aloe; sentar nela, irá doer!“ Isso mostra que os habitantes da Europa Central, de língua alemã, sabiam muito bem que a Aloe tem um sabor amargo e suas folhas, espinhos agudos nas bordas.

Nas páginas 217-230 do primeiro volume do ano de 1920 da importante obra alemã “MANUAL DA PRÁTICA FARMACÊUTICA PARA FARMACÊUTICOS, MÉDICOS, DROGUISTAS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE, DE HAGER“ são descritas detalhadamente diversas espécies de Aloe, locais onde são plantadas e métodos de avaliação. No entanto, só se fala dela já processada no local em que foi plantada, extraída, cozida, tornada consistente e transformada em massa cristalizada. Essa mercadoria aquecida e, portanto, desnaturada, era assim embarcada para a Europa e EUA. O manual compara os dados da Aloe constantes de diversas farmacopéias (Ph. Germ., Ph. Austr., Ph. U-St., Ph. Brit., Ph. Hung. e PH. Helvet.). Somente a Ph. Austr. cita a obrigatoriedade de receita médica. Nos outros países a venda era livre.

O manual traz 127 receitas que incluem a Aloe em sua composição e menciona os índices percentuais exatos de sua participação. Ademais são mencionados 61 remédios secretos que a contêm, mas sem indicação dos percentuais de participação na composição. Encontram-se aí nomes curiosos como: “Pílula do Imperador“, “Pílulas de depuração do sangue“, “Pílulas do Convento“, “Pílulas maternas“, “Pílulas de leite“, “Pílulas Universais“, “Pílulas laxantes do padre Kneipp“, “Pílulas suiças de Richard Brandt“, “Pílulas de Frankfurt“, “Pílulas balsâmicas“, “Pílulas de prata“, “Pílulas para o apetite e estômago, para aspersão em feridas moles e de mau cheiro e tumores”, “Testamento de Jerne“, “Chá Wühlhubert I e II do Pe. Kneipp“, “Amargo dos Santos“, “Gotas adocicadas para depuração do sangue“, “Gotas Warburg contra febre“, “Gotas pretas para depuração do sangue“, “Pomada vermífuga“, “Pílula anti-cólicas“, “Pílula laxante para cavalos e gado“, “Preparado preventivo de paralisia da coluna bovina“, “Linimento para febre aftosa“, “Pílula canina“, “Elixir contra icterícia bovina“, “Gotas da abolição“, “Bitter estomacal de ervas dos Alpes“, “Colírio de Brun“, “Pílula inglesa para cavalos“, “Licor da saúde“, “Morte das hemorróidas“, “Óleo vermífugo holandês“, “Gotas do Imperador“, “Essência de vida sueca“, “Amigo do ser humano“, “Pílula miraculosa“, “Pílulas depuradoras“, “Bálsamo vienense“, “Pílulas de sopa“, “Pílulas do Vaticano“, “Elixir de vida longa“, “Pílulas das faces rosadas“, “Pílulas italianas“ e “Pílulas dos capuchinos“. Essa relação mostra, claramente, o quanto se fez uso da Aloe nos últimos séculos.

Esse importante manual não menciona, contudo, qualquer fórmula que contenha Aloe fresca e não aquecida, decorrendo daí que todas essas receitas tenham um efeito diferente do que se consegue com a Aloe fresca, já que a forma aquecida e cristalizada reduz grande parte das forças vitais, curativas naturais e originais.

Essa imensa gama de aplicações já permite supor que a Aloe fresca deva ter um espectro de efeitos benéficos que não é comparável a qualquer outro produto da terra. Assim sendo, a Aloe pode ostentar com toda a razão o título que lhe conferi, de “Imperatriz das Plantas Medicinais“.

Devido do bloqueio e a paralisação das importações dos cristais da Aloe durante e após a 1a. Guerra mundial, esta importante matéria prima chegou a faltar na Europa, fazendo surgir ao mesmo tempo as indústrias farmacêuticas modernas com seus preparados sintéticos. Assim, a Aloe veio a cair no esquecimento. Terminando assim, a fase da utilização da Aloe em forma de cristais denaturizados.

A redescoberta do poder de cura da Aloe fresca

A primeira grande abertura científica e a redescoberta da Aloe em forma natural e não aquecida foi alcançada pelos dois médicos Creston Collins (pai e filho, com o mesmo nome), nos anos 30 do século 20, em Maryland. Era comum acontecer de pacientes, médicos e enfermeiros sofrerem graves queimaduras de pele quando eram feitas radiografias, porque faltava-lhes a devida prática e conhecimento. Foram tentados todos os tratamentos possíveis e o que se revelou mais eficaz foi a aplicação de uma compressa com uma folha fresca de Aloe, cortada ao meio e com a parte interna, carnuda e escorregadia, colocada, diretamente, sobre a ferida. As compressas eram trocadas a cada duas horas e as feridas saravam rapidamente e sem efeitos colaterais.

Os dois médicos Collins passaram a produzir um gel de Aloe, lançado no mercado com o nome de “Alvagel“. Suas descobertas foram publicadas em 1935 na revista The American Journal of Roentgenology. Ainda hoje os americanos chamam a Aloe de “The silent healer“ (Samaritana silenciosa). Essa sensacional notícia, no mundo científico, deu uma volta ao redor do globo terrestre e muitos médicos começaram a adotar esse novo procedimento. A partir daí defrontamo-nos com relatórios do Dr. Carrol D. Wright no Journal of the American Medical Association, em 1936, e de Gilber W. Reynolds, em seu livro The Aloes of Tropical África and Madagascar. Em seu livro ele escreve que, na falta de Aloe vera L., utilizava a Aloe arborescens Miller, fresca, curando todos os casos com total êxito.

Depois desses sucessos, o Dr. J. E. Crewe passou a aplicar a Aloe fresca em inúmeros casos de tumores, eczemas, queimaduras por fogo e água fervente, queimaduras solares, ferimentos e alergias. Todos os seus tratamentos foram coroados de sucesso e, em 1937 e 1939, ele fez relatórios a respeito no Minnesota Journal of Medicine. No mesmo ano, também encontramos relatórios de êxito do Dr. Adolph Loveman e do Dr. Frederick Mandeville. Em todos eles, a Aloe tinha sido empregada fresca, recém-colhida.

Pesquisa e emprego da Aloe a partir de Hiroshima

Após os lançamentos de bombas atômicas, em 1945, sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, houve, além de mais de 100.000 mortes, igual número de feridos por terríveis queimaduras causadas pela radioatividade. Para ajudar essas vítimas de queimaduras até então desconhecidas, foram testados todos os meios de que a medicina dispunha. Os melhores resultados foram conseguidos com a Aloe fresca.

Em 1953, iniciaram-se testes científicos na base norte-americana de Los Alamos, no Novo México, sob a supervisão da Comissão Americana de Energia Atômica. A direção fora confiada aos Drs. Lushbagh e Hale. Foram testadas diversas drogas para curar queimaduras radioativas em coelhos. Os melhores e mais imediatos resultados foram obtidos pela aplicação de gel fresco de Aloe.

Nos campos de teste de armas atômicas, observou-se que a primeira planta que voltava a crescer no solo contaminado pela radioatividade era a Aloe.

Nos EUA, mantém-se um estoque estratégico de Aloe, como prevenção para uma eventual catástrofe nuclear (vazamento de usina nuclear ou ataque por armas atômicas). Isso transformou-a, novamente, numa planta de importância estratégica como nos tempos de Alexandre Magno. Nesse sentido a Europa e o resto do mundo continuam dormindo!

Outro teste em grande escala foi realizado para observar o efeito de 161 plantas medicinais no combate à tuberculose. Os quatro cientistas do Departamento de Saúde do Michigan, os Drs. Gottshal, Lucas, Lickfeldt e Roberts, isolaram duas plantas medicinais que atuavam contra o bacilo da tuberculose. Tratava-se da Aloe soccotrina e da Aloe chinensis.

Infelizmente, os testes não tiveram seqüência, pois a tuberculose estava, então, regredindo. A revista “Newsweek“ de 8 de novembro de 1999 noticia, porém, num relatório de Thomas Hayden, intitulado “Tuberculosis is making a comeback“, que a tuberculose está voltando com toda a força, por ter-se tornado resistente a antibióticos.

Atualmente há, nos EUA, 18.000 casos de tuberculose por ano, dos quais 1% resistente a antibióticos, ao passo que apenas nas prisões da Rússia vivem 100.000 tuberculosos, dos quais 30% resistentes aos antibióticos. Com a atual liberdade de turismo, a tuberculose deverá espalhar-se por todo o mundo, o que torna indispensável o alerta para o fato de que em 2010 poderá ocorrer grande surto epidêmico, a não ser que sejam tomadas providências imediatas.

No ano de 1999, 104 países já registravam o mesmo problema. Seria aconselhável retomar as pesquisas com a Aloe. A propósito: há alguns anos, um parente meu adoeceu de tuberculose na Alemanha. Foi solicitado não divulgar o caso. Seguramente, tal atitude não contribui para evitar-se o contágio dessa doença, cuja incidência, em 1999, aumentou 50% na Alemanha e que, anualmente, já está custando a vida de dois milhões de seres humanos, em nível mundial. Calcula-se que a cada três habitantes da terra um seja portador do vírus.

Em 23.12.1954, o Dr. Alexander Farkas registrou, em Miami, uma patente de tratamento de ferimentos e queimaduras da pele com Aloe. Em 1963, aconteceu mais uma grande abertura. Três médicos da Florida, os Drs. Blitz, Gerard e Smith, noticiaram a cura de doze enfermos que sofriam de úlcera péptica e que tinham feito uso interno da Aloe. No mesmo ano, apareceram relatórios de pesquisas feitas por uma equipe sob direção da Dra. Lorenzetti que provaram que a Aloe inibe a ação dos seguintes micro-organismos: Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, Corynebacterium xerosis, Shigella paradysenteriae, Salmonella typhy e Salmonella paratyphy.

Em 1973, os médicos egípcios Drs. El Zawahry, Hegazy e Helal anunciaram, no International Journal of Dermatology, o tratamento e a cura, com sumo fresco de Aloe, de úlceras crônicas nas pernas. Em 1974, o Dr. Logai, seguidor das idéias do médico russo Dr. Vladimir Filatow, anunciou o tratamento e a cura de um olho ferido mediante injeções de um extrato de Aloe. Um dos mais renomados cientistas da antiga União Soviética foi o Prof. Dr. Israel Bekhman, diretor do Instituto de Substâncias Bioativas, de Vladivostok. Por seu intermédio, a Aloe tornou-se conhecida em todo o bloco oriental. Enquanto, no ocidente, era mais utilizada a Aloe vera L.; no Oriente, usava-se mais a Aloe arborescens Miller, que também se encontra em áreas próximas ao Mar Negro. Atualmente, a Rússia cultiva a Aloe striatula Haw., que suporta melhor as temperaturas baixas.

Exatamente como o Prof. Dr. Brekhman, também o célebre oftalmologista russo Dr. Vladimir Filatow, de Odessa, dedicou-se à pesquisa da Aloe. Ele tentava conciliar a quimioterapia com a medicina naturalista. Ele recebera seu diploma, pessoalmente, das mãos do czar Nicolau II. Suas descobertas são pioneiras. Nos países do Cáucaso e na Sibéria, pesquisou substâncias ativas das plantas e deixou valiosas sugestões para seus alunos continuarem estudos nessa direção.

Com sua “medicina dialética“, Filatow foi o primeiro a defender a possibilidade de se tratar o paciente de forma integrada, por meio da unidade de quimioterapia e métodos biológicos de tratamento; “não se deve, portanto, apregoar um grito de guerra dos adeptos da cura pela prática natural contra os médicos tradicionais; mas, sim, formar médicos tradicionais com uma visão integral, para que eles possam curar de forma integrada. Antes de curar o paciente, é preciso curar as “universidades doentes“, que passam quase que totalmente por cima da fitoterapia, e as “caixas de assistência médica enfermas“, que não financiam os preparados da medicina natural, por tê-los em conta de “comprovação de cura baseada somente em experiências“, se bem que, aqui, uma nova forma de pensar poderia concorrer de maneira excelente para forçar a redução de custos.“

Depois de ter feito, com sucesso até 1949, mais de mil sensacionais transplantes de córneas, que, inicialmente, foram estimulados por processo biogênico (dez dias no escuro, a 3°C), Filatow passou a estimular também as folhas da Aloe dessa forma. Ele as separava da planta e guardava-as por cerca de dez dias ao abrigo da luz a uma temperatura de 3°C. Depois, elas eram moídas e o suco resultante injetado sob a pele do doente. O extrato revelava efeitos mais poderosos sobre a doença.

É absolutamente novo o processo pelo qual as folhas, separadas do tronco, organizam sua sobrevivência por meio de seus tecidos e isso segue as leis da vida orgânica e não, exclusivamente, da homeopatia. O trabalho do Prof. Dr. Filatow com estimuladores biogênicos constitui, junto com suas inúmeras indicações, (vide: “Heilen mit Aloe“- ‘Curar com Aloe’ – do Dr. Wolfgang Wirth), uma novidade absoluta para a medicina acadêmica ocidental.

Preparado brasileiro de Aloe cura casos de câncer

No ano de 1988, em conversa tida à noite no convento do Rio Grande do Sul com o recém-eleito padre provincial Arno Reckziegel OFM, o padre franciscano brasileiro Frei Romano Zago OFM tomou conhecimento de um suco natural à base de Aloe, usado no Brasil há muitas gerações, ao qual se atribuía a cura até mesmo do câncer.

O padre Arno Reckziegel OFM contou que, nas regiões pobres do Rio Grande do Sul, quase não existia o problema do câncer. Ele já se acostumara a ver pobres pacientes de câncer, que tinham estado à beira da morte, novamente sadios e bem dispostos. O povo simples de lá faz uso de uma velha fórmula, transmitida, verbalmente, de geração a geração, baseada em Aloe/mel/álcool, que também está registrada há muitas décadas em diversos livros brasileiros de medicina natural; mas que, devido à sua simplicidade, por muitos, não é levada a sério. Frei Romano, incrédulo, copiou, mais tarde, a fórmula anotada por um irmão.

Passado algum tempo, ao ser solicitado por uma senhora para que ministrasse o sacramento da unção dos enfermos ao seu marido, hospitalizado em fase terminal de câncer de próstata, lembrou-se o religioso da fórmula e entregou-a ao filho do doente. Este preparou, imediatamente, a mistura de Aloe/mel/álcool e pediu a seu pai que a ingerisse. Três dias depois, a família foi solicitada a levar o doente, incurável e reduzido a pele e ossos para casa, para que lá pudesse morrer em paz. Logo após o regresso ao lar, a esposa notou que o tumor no ventre do enfermo, que alguns dias antes de ele ter tomado a Aloe ainda tinha o tamanho de uma bola de tênis, havia desaparecido. Seu marido voltou a ter apetite, ganhou peso, ficava novamente em pé, cuidava dos animais e ficou, inteiramente, sadio. Encorajado por esse resultado, o padre divulgou a fórmula da Aloe inicialmente no Interior do Rio Grande do Sul. Em todos os lugares, ocorria uma cura com sucesso atrás da outra. Posteriormente, ele foi transferido para Israel. Lá, teve contato, no transcorrer dos anos, com milhares de peregrinos, gravemente, enfermos, que queriam conhecer a Terra Santa antes de falecer. A todos os doentes que assistia, entregava a fórmula da Aloe ou preparava-lhes, ele mesmo a mistura.

Continuamente chegavam relatórios e mais relatórios de curas que preenchiam seus arquivos. Seu nome tornou-se conhecido e ele passou a ser convidado a proferir palestras em Portugal, na Itália e Suíça. Muitos doentes seguiram suas recomendações. Segundo suas observações, cerca de 70 % dos doentes reagiam muito bem à Aloe e chegavam a sarar. O padre Romano Zago OFM é hoje o homem que pode testemunhar o maior número de casos de cura de câncer pela Aloe em todo o mundo, graças a uma simples fórmula de Aloe/mel/álcool, que serviu de tema e estímulo para meu primeiro livro na língua alemã: ¨Krebs, wo ist dein Sieg?” (“Câncer, onde está tua vitória?“)ISBN 978-3-00-031096-6 300 pg, 10 pg. col. EUR 25,00 (mpeuser@hotmail.com)

Eu mesmo conheci esse simpático padre por ocasião de duas conferências em São Paulo: uma, na Associação dos Apicultores e outra realizada por uma agremiação alemã em São Paulo, onde também fiquei conhecendo muitas pessoas que tinham sido curadas com a fórmula da Aloe.

Em 16 de março de 2002, recebi um “e-mail“ da Sra. Ursula Leuchtenberg, da África do Sul. Lá se conhece, há mais de 50 anos, uma bebida preparada com Aloe e uva, que leva o nome de “elixir milagroso“ e que é utilizada, em paralelo, no tratamento de muitas doenças, com significativa melhora nos resultados da terapia médica. A respeito do assunto, a Sra. Leuchtenberg escreveu-me o seguinte: “Descobri essa bebida por acaso e comecei a tomá-la todas as noites, numa colher de chá. Desde então, meu estado de saúde melhorou muito e eu estou entusiasmada. Minha cunhada, na Alemanha, está fortemente acometida de esclerose múltipla. Depois de alguns telefonemas, enviei-lhe uma garrafa, pois havia me contado que não conseguia mover a perna esquerda e que estava passando mal, por causa dos medicamentos e de sua grave doença. Ela não acreditava muito nessa bebida sul-africana, mas começou a tomar todas as noites uma colher de chá cheia dela. Depois de aproximadamente 14 dias, ela observou que seu estado de saúde estava melhorando e que, de repente, não tinha mais problemas com sua perna. Transcorridos outros 14 dias, ela pôde novamente andar e voltou a sentir-se bem.

Os médicos não têm explicações e disseram-lhe que ela deve continuar tomando o preparado, já que lhe está fazendo bem. Há alguns dias, minha cunhada me telefonou e contou-me, felicíssima, que pôde usar, novamente, sua bicicleta e que está pensando em trabalhar.

Eu acredito que o suco de Aloe a ajudou. Ela vinha tomando medicamentos por mais de um ano e seu estado piorava sempre. Como a esclerose múltipla tem seus altos e baixos, queremos aguardar a evolução de seu estado em um ou dois anos, mas o momento conta e ela está melhor. Seu marido e as crianças estão igualmente felizes por ela ter tido uma significativa melhora.”

Nas feiras livres da África do Sul, é oferecida a Aloe arborescens Miller. Infelizmente, os sul-africanos fervem as folhas antes de usá-las e o sumo adquire uma cor avermelhada. Ao ser fervida, a Aloe perde, desnaturada, a maior parcela de seu efeito. Os habitantes da África do Sul deveriam ser melhor orientados para que passassem a usar a Aloe em sua forma natural, sem fervê-la, tanto como bebida vital, quanto para tratamento da pele.

Desses relatórios podemos depreender que a Aloe acompanha a humanidade há séculos e que tem uma posição de destaque entre todas as espécies de frutas e legumes, na preservação e recuperação da saúde.

Aloe também na cura de animais

Mas esse papel especial da Aloe não se restringe à saúde humana. Também para a saúde dos animais não podemos prescindir dela. A respeito disso existe um extenso relatório na revista “Horse Business” Dez/98 pag. 70-72: “Um problema bastante comum na clínica de eqüinos, ainda que pouco percebido e nem sempre tratado eficientemente por apresentar sintomas tão vagos e inespecíficos, é a ‘síndrome de letargia’. Ela pode ser resumida como uma leucopenia persistente, por vezes associada ao stress orgânico e mental tal como sofrido pelos cavalos em competição, quando submetidos a uma rotina intensa de treinamento, viagens e concursos. Ainda que esses animais tenham um apetite normal e possam estar em boas condições, apresentam pouca tolerância ao exercício e se apresentam abatidos e letárgicos quando encocheirados. Alguns animais apresentam uma anemia concomitante. Nem sempre essa síndrome está associada a uma causa primária – tal como uma infecção viral ou bacteriana. Ainda que alguns animais afetados se recuperem espontaneamente depois de certo tempo, outros permanecem letárgicos por meses ou anos, ou não respondem à administração de compostos vitamínicos-minerais, antibióticos, nem a outras terapias correntes. Testes de campo realizados com cavalos afetados por esta síndrome mostraram que a maior parte deles respondeu, favoravelmente, à suplementação oral do gel de Aloe, mesmo aqueles que não haviam mostrado resposta positiva a outras substâncias consideradas imunogênicas. Hematologicamente, a série branca retornava ao normal ou apresentava consideráveis melhoras em média após três semanas do início do tratamento.”

O suco da Aloe é muito usado no tratamento do gado e de eqüinos, que se ferem com facilidade. Dá para concluir que, também no campo da veterinária, não se encontra medicamento que tenha um efeito de cura mais rápido.

Um amigo meu comprou uma muda de Aloe muito bonita no mercado de Stuttgart/Alemanha. Ao levá-la, orgulhoso, para casa, teve de passar primeiro por seu estábulo. Ao avistar a planta nas mãos de meu amigo, um dos cavalos imediatamente a abocanhou e engoliu. Como vemos, mesmo os animais reconhecem o valor da Aloe na preservação de sua saúde.

O Dr. Windel Winters, do Centro de Ciência da Saúde da Universidade do Texas, em San Antonio, encerrou sua pesquisa mundial sobre a Aloe com a seguinte frase: “Acreditamos que a Aloe é realmente uma farmácia em uma única planta“.

H.R. McDaniel, M.D., patologista e pesquisador no Centro Médico de Dallas-Fort Worth, chegou à seguinte conclusão: “A utilização da Aloe vera será o passo mais importante no tratamento de doenças na história da humanidade.“

O texto deste artigo é do um capítulo do livro do Autor Michael Peuser; "OS CAPILARES DETERMINAM NOSSO DESTINO", 330 pag. 6 pag. col. R$ 50,00 (no Brasil) e EUR 25,00 (exterior).
Pedidos: www.aloevital.com.br ou em todas as livrarias do Brasil ISBN 85-89850-01-3
Este livro é uma tradução do bestseller alemão: "Kapillaren bestimmen unser Schicksal".
Livro homenageado com um "VOTO DE APLAUSO" pelo Senado Federal em Brasília no mes de abril de 2010.

As curas da Aloe vera (babosa)

Aloe vera (babosa)

Ela me era desconhecida! Ainda que eu já estivesse atuando no Brasil há mais de três décadas e tendo viajado por mais de 1,5 milhão de km por esse país, que é maior que a Europa, ela tinha se mantido fora do alcance de meus olhos. Talvez eu mesmo nunca tivesse iniciado conversas com o objetivo conhecê-la, mas essa situação haveria de modificar-se. Falo da Aloe que, ao fim de minhas pesquisas, acabei por descobrir.

Muitas plantas receberam o título de “rainha“, mas a Aloe situa-se num plano superior a todas, representa algo tão único que lhe concedi, após avaliação de extensa literatura, o título máximo de “Imperatriz das Plantas Medicinais“. Ao terminar a leitura deste livro, você certamente também concordará com esse título honorífico.

Assim conheci a Aloe

Tudo começou com um caso de câncer em minha família. Robert, com 83 anos de idade, fora submetido sete anos antes a uma operação da próstata e, exatamente como os médicos haviam previsto, conseguia manter-se razoavelmente bem. Eles lhe explicaram, porém, que algum dia o câncer atacaria seus ossos, ao que se seguiria uma fase de muitas dores. Acreditavam que isso viria a ocorrer logo após a operação, pois tinham constatado diversas alterações na estrutura óssea de sua bacia. Para a felicidade de Robert, tais alterações eram seqüelas deixadas por ferimentos de guerra, tiros que recebera em combate durante a segunda guerra mundial, quando servia na divisão de tanques. Assim por sete anos, o câncer ficou sob controle graças ao Androcur®, da Schering, e ao excelente tratamento dado por sua esposa Erika. Apenas a sonda urinária apresentava, por vezes, problemas de entupimento, que eram sempre resolvidos no ambulatório do hospital.

Em janeiro de 1997, começou o ciclo anunciado muitos anos antes. As dores tornaram-se insuportáveis e Robert não conseguia mais manter-se em pé. Por recomendação médica, enfermeiros cuidavam dele 24 horas por dia. As dores só podiam ser aliviadas mediante altas doses de morfina. O mais leve movimento no leito provocava fortes dores. Em conseqüência de estar sempre deitado, apareceram feridas e escaras. Começou a emagrecer mais e mais e, no final de abril, não era mais que pele e osso. À vista desse estado, o médico achou prudente preparar sua esposa para o desenlace que pareceu-lhe muito próximo.

Exatamente nesse dia, D. Erika leu, no calendário católico em língua alemã “Anuário da Família“, editado por jesuítas para os muitos colonos de origem alemã radicados no Sul do Brasil, (Editora R. Reus, caixa postal 285, Porto Alegre/RS CEP 90001-970) um relatório do irmão jesuíta Waldemar Bösing SJ sobre os êxitos alcançados por Aloe e mel na terapia de combate ao câncer. Ele narrava que um padre franciscano, Romano Zago OFM, que havia trabalhado no Sul do Brasil e depois, por muitos anos, na Terra Santa, tinha registrado experiências surpreendentes em pacientes de câncer. Esses doentes já tinham sido praticamente abandonados pela medicina tradicional e 70% deles puderam recuperar sua saúde graças a uma simples bebida vital à base de Aloe/mel/álcool. Entre as centenas de milhares de peregrinos que o padre assistia em Israel, encontravam-se milhares de cancerosos “incuráveis“, que antes de sua morte ainda queriam, ao menos, conhecer a terra em que Jesus tinha vivido, atuado e feito curas. O relatório do irmão Waldemar Bösing SJ parecia fidedigno. Erika, que por muitas décadas tinha sido enfermeira na Alemanha e no Brasil, resolveu fazer uma tentativa, pois nessa altura já nada se poderia perder.

Ela se dirigiu à sua cabeleireira que tinha, atrás de seu salão, muitas plantas Aloe e pediu algumas folhas que de bom grado lhe foram dadas. Soube que, constantemente, vinham pessoas à procura delas, pois há muitas gerações é de conhecimento geral, no Brasil, que a Aloe tem um poder muito especial para o fortalecimento dos cabelos e de cura de inúmeras doenças, inclusive casos de câncer.

Erika passou a preparar a mistura exatamente do modo que estava descrito no calendário jesuíta: 300 g de folhas de Aloe arborescens Miller, das quais antes se cortaram os espinhos laterais, 500 g de mel puro de abelhas e 3 a 4 colheres de sopa de aguardente de cana de açúcar. As folhas eram cortadas em pedaços e misturadas num liqüidificador com o mel e a aguardente, formando um suco.

Diariamente, Erika dava uma colher de sopa desse suco ao marido pela manhã, antes do almoço e à noite, antes das refeições. Ninguém poderia imaginar o que aconteceu então. Em primeiro lugar, a atividade intestinal de Robert normalizou-se, o que antes só se conseguia com muita dificuldade e com clister. Em segundo lugar, desapareceram as dores. As aplicações de morfina tornaram-se desnecessárias. O enfermeiro não encontrava palavras! Ele que não tinha coragem de tocar, nem de leve, nas regiões próximas às feridas escuras, podia agora até pressioná-las sem que Robert protestasse. Nem aos que iam visitá-lo passava despercebida essa sensível melhora. Podendo dispensar a morfina, Robert estava novamente lúcido, participando, ativamente, da vida familiar e de todas as conversas.

O apetite voltou, ele ganhou peso e as feridas começaram a cicatrizar, para o que também concorreu a aplicação adicional de “Veraloe Gelatum“ , um gel de Aloe em tubos, que lhe foi recomendado pelo senhor Malte Weltzien, um alemão que eu conheci naquela época. Ele é proprietário duma plantação bio-dinâmica de Aloe em Jarinú/SP e produz, na firma Cassiopéia, essa pomada natural. Ele é um adepto fervoroso da antroposofia de Rudolf Steiner, praticando-a, inclusive, na sua plantação e industrialização.

Robert voltou a alimentar-se normalmente, continuava a tomar diariamente três colheres de Aloe e depois de três meses estava tão forte que já falava em convidar a família toda para um jantar num dos ótimos restaurantes de São Paulo, como ele gostava de fazer antes de ter sua saúde abalada. Deve-se mencionar que ele nunca soube que vinha tomando um preparado natural suplementar, a Aloe; acreditava tratar-se de um remédio normal, receitado pelo médico.

Por quatro meses, sua saúde continuou melhorando e a família, os enfermeiros, os médicos e amigos estavam estupefatos. Infelizmente essa maravilhosa fase de recuperação terminou ao final do quarto mês. Era o mês de agosto, transição do inverno para a primavera, com uma forte onda de gripe e resfriado em São Paulo que atacou intensamente também a sua família. Todos tossiam, eram acometidos de febre e Robert não escapou ao contágio. Seu organismo, enfraquecido pelo longo período em que estivera acamado, foi afetado por uma pneumonia, vindo, lamentavelmente, a falecer, aos 84 anos, mas bem amparado pelos sacramentos da Igreja Católica.

Sua esposa Erika disse que esses últimos quatro meses, provavelmente, tenham sido os mais valiosos de sua vida. Embora tivessem comemorado dois anos antes suas bodas de ouro junto com todos os membros de seu grande círculo familiar, ela jamais se esquecerá que foi nesse período em que Robert se manteve completamente lúcido, ativo e sem dores que mais conversaram sobre suas vidas. Na verdade, nunca os dois tinham reservado tanto tempo para a troca de idéias e lembranças dos bons acontecimentos.

Apelo na imprensa para obtenção de informações sobre a Aloe

Esse acontecimento, que pude vivenciar tão de perto, impulsionou o meu desejo de pesquisar. Já em 11 de julho de 1997, quando Robert estava a caminho da melhora, publiquei um artigo na “Brasil Post“ (um semanário editado no Brasil em língua alemã), sob o título “A Babosa pode curar o câncer?“ A Aloe é conhecida vulgarmente no Brasil como “babosa“. Supõe-se que o nome provenha do fato do sumo escorrer como se a folhas estivessem “babando“.

Nesse artigo, escrevi sobre a terapia do câncer prescrita pelo Frei franciscano Romano Zago OFM e solicitei que as pessoas que já tivessem tido experiências próprias com a Aloe escrevessem a respeito.

As informações recebidas de todas as partes do Brasil eram tão interessantes que decidi colecioná-las. Chegaram-me relatos não apenas da aplicação da Aloe em casos de câncer, mas também informando sobre o desaparecimento de manchas ásperas na pele, em cor marrom ou preto, bem como de feias bolsas lacrimais sob os olhos. Mencionou-se também o desaparecimento do “estalar“ nos joelhos e na nuca, bem como o fortalecimento dos fios de cabelo e melhoria da textura da pele e das mãos.


A Aloe sempre teve um lugar de honra na literatura


Revendo minha extensa biblioteca particular, deparei-me com muitos livros alemães antigos que versam detalhadamente sobre a Aloe.

Menciono, especialmente, o primeiro livro oficial do farmacêutico para toda a Alemanha (Commentar zur Pharmacopoea Germanica), de 1873, publicado pelo chanceler Príncipe Otto von Bismarck após a fundação do Segundo Império, que em quatro páginas faz o seguinte relato: “A Aloe parece ter encontrado uso médico desde tempos imemoriais. Desde o início da era cristã a Aloe foi um dos remédios mais utilizados. .....Os farmacêuticos devem ser repreendidos se entregarem, por pouco dinheiro, grandes quantidades de Aloe para uso de seres humanos...eles poderiam muito bem...vender em porções menores, portanto, mais caro.“

O “Manual da prática do farmacêutico magistral“ (“Handbuch der Drogisten-Praxis“), de G.A.Buchheister (1921), relata a sua utilização no ser humano como laxante e, na veterinária, para uso interno e externo em feridas purulentas e contra vermes e insetos. A Aloe é descrita no “Compêndio geral de tecnologia dos materiais“ (“Grundriss der allgemeinen Warenkunde“), de Erdmann-König (1921), página 554, como purgante drástico. Texto ainda mais detalhado encontra-se no “Manual da prática farmacêutica“, de Hager (“Hagers Handbuch der Pharmazeutischen Praxis“), de 1920, às pgs. 217-229. Nesse texto de 14 páginas estão relacionadas, além da descrição detalhada da planta, 127 formulações completas que de alguma maneira contém Aloe, bem como 61 “remédios secretos“, que igualmente usam-na em suas fórmulas. Essas receitas serviam para todas as doenças que se pudesse imaginar, mas sobretudo para a purificação do sangue.

Todo esse conhecimento sobre a Aloe e sua aplicação, acumulado ao longo de séculos e até milênios, ficou perdido por causa do bloqueio ao comércio exterior imposto ao império alemão durante primeira guerra mundial e, a seguir, devido à escassez de divisas na Alemanha. Ao mesmo tempo em que lá surgiam as maiores e mais modernas indústrias farmacêuticas, produzindo preparados médicos sintéticos que eram muito mais práticos em sua aplicação.

Apesar disso, o conhecimento sobre as propriedades curativas da Aloe manteve-se pela tradição oral. Para quem desconhece que, no tempo de nossas avós, em todos os lares alemães havia um vaso da Aloe, é bom saber que ela era considerada a ¨Planta de Primeiro Socorro¨, pois operava verdadeiros milagres na cicatrização de cortes e queimaduras. Antigamente, quando ainda não havia gás encanado nem energia elétrica, todas as casas tinham seu fogão à lenha e as donas de casa precisaram manter este fogo, durante todo o dia, aceso. Com freqüência, alguém se queimava no contato com o fogão ou feria-se no corte de lenha. A Aloe sempre esteve logo à mão para os primeiros socorros, por isso encontra-se, nas centenárias histórias humorísticas ilustradas de Wilhelm Busch da Alemanha, a citação: “Aí está a amarga Aloe; se sentarmos nela, vai doer!”

A redescoberta da Aloe

Somente depois dos bombardeios atômicos dos Estados Unidos da América sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, que causaram, além da morte de mais de cem mil pessoas, terríveis queimaduras e radiações em outros tantos seres humanos, a Aloe foi arrancada, internacionalmente, de seu esquecimento. Testavam-se todos os produtos imagináveis que pudessem abrandar os tristes efeitos das queimaduras e, com a Aloe, conseguiram-se êxitos fantásticos. Vieram à lembrança os sucessos do seu uso na introdução da radiografia de Röntgen. Nos primeiros anos, as radiações causavam fortes queimaduras, porque ainda não havia experiência suficiente para escolher o tempo certo da radiação. Somente com a ajuda da Aloe, foi possível curar, em pouco tempo, esses terríveis efeitos dos raios X. Na mesma época, dentistas norte-americanos descobriram os benefícios dessa planta no tratamento de feridas e doenças na área bucal. A Aloe também foi e continua sendo o melhor remédio contra a queimadura por raios solares!

O oftalmologista russo Prof. Wladimir Petrovitsch Filatow (*28.2.1875, +30.10.1956) foi quem inaugurou a pesquisa moderna da Aloe e primeiro testou a eficácia dessa planta bíblica sob a ótica da experiência médica, coroada de êxito. Ele foi o criador da terapia dos tecidos que trouxe alívio para as vítimas das bombas atômicas.

Nesse meio de tempo, desenvolveu-se uma vasta literatura médico-científica que eu colecionei, cataloguei e avaliei para a composição deste livro. O amplo leque da utilização prática da Aloe que aí encontrei constitui algo único na medicina e incentivou-me a pesquisá-lo para torná-lo compreensível. O resultado foi minha Doutrina dos Capilares, que apresento neste livro. Minhas considerações são complementadas por extenso índice bibliográfico.

Na Alemanha, já apareceu o livro de Dr. Wolfgang Wirth sobre injeções de Aloe intitulado "Curar com Aloe“ e nos Estados Unidos existe um "Aloe Vera Research Institute“, onde se pode solicitar um manual com dados sobre o estado atual das pesquisas. Seu título é "The Ancient Egyptian Medicine Plant Aloe Vera Hand Book“, de Max B. Skousen (enderêço: 513 Sequoia, Cypress, CA 90630). Ao custo de US$ 3,00, também é enviado um outro livro – “ALOE VERA Quotation from Medical Journals“ – (endereço: Aloe Vera Research Institute, 2681 Cameron Park Dr. 122, Cameron Park, CA 84120 USA). Os médicos e leigos interessados deveriam encomendá-los.

Todas essas publicações e livros especializados sobre as surpreendentes terapias em inúmeras doenças quase não emitem opiniões, principalmente, quando se referem ao tema câncer e outras graves enfermidades, como AIDS e a fibromialgia. O motivo é que quase todos os modernos usuários da Aloe utilizam apenas a parte interna das folhas, como bebida revitalizante, o que já resulta em faturamento na casa dez bilhões de dólares por ano. O gel do interior das folhas também é muito empregado em produtos farmacêuticos e preparados da indústria de cosméticos, pois em nosso planeta não existe produto melhor para os cuidados da pele que o fornecido pela Aloe.

Frei Romano Zago OFM torna conhecida uma velha terapia de muito sucesso

Como já foi narrado anteriormente, o verdadeiro aparecimento da Aloe, principalmente no tratamento do câncer, deve-se ao padre franciscano brasileiro Romano Zago OFM, nos anos 90. Na publicação alemã “Bio Spezial“ 1/91 encontra-se relatório semelhante a respeito de um paciente terminal, que já havia ultrapassado o “point of no return“. Lá se lê, textualmente: “Mas, graças à terapia alógena, o paciente passou os meses seguintes quase sem dores e queixas. Mais ainda: ele se sentia tão fortalecido, que pôde voltar a trabalhar“.

O Frei Romano Zago OFM ficou conhecido por suas afirmações não apenas em Israel, na Itália, em Portugal e na Suíça, mas também foi levado a sério no Brasil. Quase todas as muitas emissoras de televisão e rádio brasileiras já o convidaram para entrevistas. Também representantes do internacionalmente renomado “Instituto do Câncer“ (Centro Brasileiro de Pesquisas do Câncer) foram seus atentos ouvintes. Eles afirmaram, porém, nada saber sobre a terapia do câncer à base de Aloe, porque a respeito disso nada se ensina na medicina acadêmica.

O religioso não apenas descreve os êxitos da terapia do câncer com a Aloe; ele teve até a coragem de afirmar que, ainda que Aloe não cure a AIDS, ela interfere tão positivamente na evolução da doença quanto o AZT, porém sem qualquer efeito colateral. Numa palestra mais tarde no Club Transatlântico em São Paulo, em novembro de 1999, ele contou aos seus surpresos ouvintes que, graças a ela, os primeiros aidéticos haviam chegado à “carga viral zero“ no Rio Grande do Sul /Brasil e também nos EUA. Foram notícias cheias de esperança, provando ademais que a “Imperatriz das Plantas Medicinais“ é uma verdadeira farmácia de Deus, contendo comprovadamente até hoje mais de 300 diferentes substâncias farmacêuticas eficazes. Isso significa que se houvesse uma farmácia que oferecesse todos os remédios fabricados no mundo, 25% de suas substâncias ativas também se encontram na Aloe. Um coquetel fantástico e único da farmacopéia natural. Só que em de uma forma bem diferente: Os medicamentos da farmácia são, na sua maioria, produtos sintéticos (=mortos), enquanto a Aloe é pura natureza (=vida).

O sucesso do Frei Romano Zago OFM reside, todavia, em sua fórmula natural. Enquanto antes só se utilizava o suco da Aloe cozido, adensado e cristalizado, hoje em dia o aproveitamento da Aloe é direto, na forma natural. Enquanto as fórmulas históricas da Idade Média européia e dos últimos séculos faziam uso de um produto inteiramente desnaturado (ao serem cozidas muitas substâncias são alteradas – ainda assim algumas permanecem ativas), dispomos hoje de um produto que, sem dúvida, podemos chamar de “fonte de abastecimento da farmácia divina“. Por essas observações e pesquisas ao longo dos anos, o simpático padre franciscano é merecedor de eterna gratidão. Com a velha fórmula brasileira de tanto sucesso por ele levada pela primeira vez ao conhecimento internacional, o tratamento médico tradicional do câncer pode ser agora complementado com essa bebida revitalizante, conferindo-lhe ainda maiores chances de êxito, além da surpreendente redução dos efeitos colaterais usuais da quimioterapia e da radioterapia. Ministrando-se simultaneamente a Aloe, a terapia do câncer não só revela maiores índices de sucesso, como também, freqüentemente, a causa dessa doença é eliminada, como poderemos ler num capítulo posterior.

O que liga os capilares e a microcirculação às doenças

Nas minhas pesquisas internacionais, encontrei mais de 100 diferentes quadros de doenças em que a Aloe influencia positivamente acelerando ou melhorando as terapias médicas. O que nos leva a supor que a bebida vitalizante da Aloe provoque o retorno dos capilares anormalmente estreitados em nosso organismo ao seu diâmetro sadio original, dando lugar a uma melhoria ou ao restabelecimento da oxigenação celular. Na maioria dos casos, o câncer é conseqüência de uma alimentação deficiente de oxigênio nas células, causada por um estreitamento dos capilares. A melhora começa pela normalização da circulação dos glóbulos vermelhos nos capilares. Esse estreitamento deve-se, em aproximadamente 70% dos casos, a erros de alimentação e composição errada dos nutrientes, além de fumo e álcool em excesso e os 30% restantes a radiações, produtos químicos, ambiente saturado de tóxicos, vírus, parasitas, stress, más notícias, falta de exercícios etc.

Os 150.000 km de capilares (3 litros de volumem) de nosso organismo reagem, principalmente, à alimentação errada, composição errônea dos nutrientes, nicotina e álcool em demasia, por meio de inchaço em corpúsculos próprios, o que reduz, fortemente, o diâmetro interno dos capilares e a livre circulação dos glóbulos vermelhos.

Isso provoca sensível diminuição da velocidade de circulação nos capilares ou até uma interrupção, entupimento ou ressecamento em algumas áreas. Os capilares também reagem a más notícias, preocupações e stress, reduzindo seu diâmetro interno. Todos conhecemos o ditado: ....”morreu de tristeza!“.

Da mesma forma, os capilares são afetados por radiações, seja pelo exagero de exposição ao sol ou radiografias, raios ultravioleta, radioatividade, raios terrestres e radioterapia. O mesmo se pode observar quanto a determinados produtos químicos, a quimioterapia, bem como parasitas e alguns vírus (como o da AIDS). O estreitamento dos capilares pode provocar uma alimentação deficiente das células e seu conseqüente colapso energético pela falta de oxigênio. Elas passam ao estado de fermentação, que dá origem a uma fonte de energia superior ao oxigênio, causando o crescimento selvagem e incontrolável das células, os assim chamados tumores. Fala-se então, por exemplo, em câncer!

Para a prevenção natural do câncer, o padre Romano Zago OFM recomenda que se faça, pelo menos uma vez ao ano, um tratamento de dez dias com a Aloe. Também ele acha que a maior parte da humanidade não se alimenta corretamente e que, para quase todas as pessoas, é muito difícil abandonar seu “belo costume“ alimentar, que é comprovadamente a principal causa da maioria das doenças. Ele mesmo faz esse tratamento de dez dias três a quatro vezes por ano, mas também conhece pessoas que tomam o suco de Aloe ao longo do ano todo e que gozam de saúde e boa disposição conhecendo doenças graves somente de ouvir falar.

O conhecimento das causas prepara o caminho para a terapia certa

Para mostrar o quanto é importante eliminar as causas duma doença, quero apresentar-lhes o relatório de um fato ocorrido durante minha única internação hospitalar desde meu nascimento, em Berlim – 1943 – na “Casa Dahlem“.

No início dos anos sessenta, observei que minha perna esquerda estava sempre inchando. Quando eu apertava a coxa com o dedo, essa parte ficava afundada. Fui ao meu médico em Berlim-Charlottenburg, o qual me recomendou repouso e compressas úmidas de ácido fórmico. Ele pediu que eu medisse, diariamente, minha temperatura e que, em caso de febre, procurasse, imediatamente, o hospital. Conforme ordenado, permanecí, em casa, repousando confortavelmente sobre o sofá, refrescando regularmente minha perna com ácido fórmico e não tinha outros sintomas. Depois de uma semana, tive, repentinamente, uma febre de 40ºC. Eram 19 h., chamei um táxi e, como recomendado, fui para o hospital. Na recepção, perguntaram-me há quanto tempo eu estava assim. Quando contei que a perna estava inchada há mais de uma semana, tive de ouvir a repreensão: “E o senhor só vem agora?“. Vários médicos examinaram minha perna e, ainda à noite, fui alojado na estação de isolamento, onde havia um leito livre.

Na manhã seguinte, vieram novamente alguns médicos para inspeção e, de repente, um enfermeiro colocou-me sobre uma maca. Fiquei surpreso, pois afinal eu tinha entrado a pé no hospital. Enquanto o enfermeiro me empurrava na maca pelos corredores do hospital, passamos por uma encarregada da limpeza dos quartos, a qual perguntou se eu era o jovem que havia sido internado na noite do dia anterior. Em seguida à confirmação do enfermeiro, ouvi sua exclamação pesarosa: “Oh, lamento muito!“. Fiquei desconfiado e fui logo levado ao centro cirúrgico, onde um grande grupo em trajes verdes estava postado em volta da mesa de operações, sobre a qual me colocaram. Enquanto eu estava imaginando se iriam amputar-me a perna, recebi uma injeção, na mão, de rápido efeito anestésico. Ao acordar no leito hospitalar, a primeira reação foi de tocar a perna. Graças a Deus, ela ainda estava lá. Soube mais tarde que a pretensão inicial era de amputação total, pois eu corria risco de vida. Na equipe havia, porém, um médico-convidado da Pérsia, que achava que deveria haver uma causa para o inchaço da perna. Ele fez um exame minucioso e encontrou uma unha inflamada no hállux. Recomendou sua extração, porque poderia tratar-se da causa que se procurava encontrar. Procedeu-se dessa forma e minha perna continua intacta até hoje. Mas, apesar da anestesia geral e da grande equipe presente, a retirada da unha inflamada não foi muito bem feita e tenho, até hoje, uma unha adicional fina, ao lado da unha operada. Muitos especialistas de outras clínicas vieram examinar minha perna. Os enfermeiros aplicaram alternadamente camadas de cremes de cor lilás e depois, branca, com um pincel, até formar-se uma camada mais espessa abaixo da qual a pele se regenerou, desintoxicando-se também o músculo da perna. Depois de algumas semanas, o inchaço regrediu. Ao médico-convidado da Pérsia, que mais tarde se tornou um célebre cardiologista, minha eterna gratidão.

Há alguns meses comecei a sentir dores ao movimentar os dedos da mão esquerda. Parecia um quadro de reumatismo ou gota. Eu me perguntava de onde isso poderia provir, até que descobri que o fluxo do ar condicionado de meu automóvel se dirigia diretamente sobre minha mão ao volante. Desliguei essa corrente de ar gelado e depois de alguns dias o problema havia desaparecido.

Coloquei esses dois pequenos relatos de doenças no começo de meu livro para ilustrar o quanto é importante descobrir as causas de uma doença. Em todos os quadros de enfermidades, o reconhecimento e a eliminação das causas são a principal garantia de sucesso da terapia e de preservação da saúde.

Coletânea de relatos de sucesso

A Aloe e suas incomensuráveis áreas de aplicação ocuparam toda a minha atenção. Passei a ouvir, com crescente freqüência, relatos positivos de terapias bem sucedidas e, mediante muitos contatos pessoais, envolvi-me sempre mais com o tema e fiquei surpreso com o fato de que quase todo brasileiro sabia contar algo a respeito.

Em 3 de julho de 1998, publiquei na Brasil Post um relatório de duas páginas a respeito de minhas pesquisas. Novamente, recebi muitas cartas e telefonemas, além de relatos pessoais dando conta de muitos êxitos alcançados na utilização dessa planta extraordinária. Devido às minhas atividades voluntárias junto ao Kolpinghaus de São Paulo (na qualidade de vice-presidente a partir de 1972 e presidente desde 1982), que é um grande centro social e local de encontro de 420 sócios e 800 dependentes familiares, travei contato com muitas pessoas por ocasião de muitas palestras e eventos, bem como na convivência com outras instituições de origem alemã.

Recentemente, encontrei uma dama russa, octogenária e originária dos círculos monarquistas, numa das maravilhosas feiras de antigüidades de São Paulo. Ela me cumprimentou toda feliz, contou ter lido meus relatórios e, em seguida, iniciado um tratamento com a Aloe. Todas as manchas pretas em seu rosto e braços haviam desaparecido e ela se sentia rejuvenescida..

Um casal de amigos, na época beirando os noventa anos, também me visitou. Ele tinha sido construtor de pianos de cauda e, anteriormente, instrutor de aviação, na Alemanha. Sua esposa tinha sido operada devido a um câncer nas mamas; mas, depois da intervenção, o câncer voltou a se manifestar. Ela fez, então, um tratamento com Aloe e seu médico comunicou-lhe, passado algum tempo, que o câncer havia desaparecido por inteiro.

Na comemoração de Natal do “Colegium Cruzeiro do Sul“ – um círculo de intelectuais amigos, de origem alemã, em São Paulo, que se encontra para participar de palestras – eu estava conversando, em dezembro de 1999, com um vizinho de mesa, o Sr. Arno Schmidt-Obert, parente do conhecido construtor de foguetes Obert. Falei-lhe sobre a Aloe e minha pretensão de publicar um livro a respeito até o final do ano. Ele me contou que já vinha tomando a Aloe há muitas décadas como complemento alimentar, estando mais do que satisfeito. Sorrindo, ele me disse: “Depois de amanhã comemoro meus 99 anos e viajarei em férias de dois meses ao Uruguai“ (ele faleceu com quase 102 anos). Em outra mesa com decoração natalina, uma senhora narrou ter tido, cinco anos antes, câncer de mama e que passara a usar a Aloe. Uma semana antes dessa comemoração do Natal, ela havia recebido de três médicos a informação de que estava completamente curada do câncer.

Eu mesmo fui vitima de uma pequena explosão no laboratório da minha indústria, em que queimei a pele das duas mãos. No jardim em frente da fábrica, cortei e abri uma folha de Aloe, passando a esfregar minhas mãos avermelhadas com o gel fresco. Na mesma noite, já nada se via e eu nada sentia dessa queimadura. Num outro acidente tolo, um colaborador meu teve a pele do rosto e das pernas corroída por ácido sulfúrico concentrado. Quando, depois de dois meses, ele teve alta no hospital especial para tratamento de queimaduras, seu rosto ainda estava marcado pelas cicatrizes recentes. Recomendei-lhe tratá-las com Aloe, o que ele passou a fazer diariamente. Hoje seu rosto já não apresenta qualquer marca do acidente.

Recebi também muitas mensagens de doentes de câncer que haviam complementado o tratamento médico tradicional com a ingestão de Aloe e que se sentiam seguros de que os resultados estavam sendo melhores e de que ocorrera uma redução de efeitos colaterais. A Aloe também ajuda em casos de queimaduras da pele causadas por radiações empregadas no combate ao câncer. A mãe de um de meus vendedores tinha câncer facial e queimaduras na pele, ocasionadas pelas radiações. Por iniciativa própria, ela começou a aplicar a Aloe e conseguiu restaurar, parcialmente, seu rosto.

Um jovem de Jundiaí/SP estava condenado a ter uma perna amputada. Ele sofria de diabetes em alto grau e uma ferida em seu joelho não sarava, apesar de todos os cuidados. Ele mesmo passou a aplicar o “Veraloe Gelatum“ , a ferida se fechou e a perna foi salva.

Uma senhora de Blumenau/SC narrou que, por mais de vinte anos, sofrera de úlceras de pernas e que nenhum dos remédios modernos prescritos surtira efeito. Também no caso dela, a aplicação de “Veraloe Gelatum“ teve resultado surpreendente, fechando as feridas.

Há dois anos, um morador da zona norte de São Paulo telefonou-me contando que não conseguia urinar devido a problemas na próstata. Ele lera meu artigo no jornal, utilizou a Aloe e seu problema foi resolvido. Algumas semanas atrás, eu lhe telefonei e, contente, ele confirmou que desde então nunca mais tivera dificuldades para urinar. Sua esposa, inicialmente contrária à Aloe por não acreditar em seus efeitos, teve de ser submetida, nos últimos dois anos, a duas cirurgias de erradicação de câncer de útero e de mama. Agora ela também começou a tomar a Aloe.

Uma boa conhecida minha, residente em Santa Catarina e que, anos atrás, tinha sido um membro ativo do Kolpinghaus de São Paulo, contou-me o caso de sua amiga Maria Weiser, de Joaçaba: há quinze anos ela fora acometida de câncer (glândulas e intestino). Ela já havia lançado mão da velha fórmula brasileira de Aloe, mel e álcool, sem outras formas de tratamento. Hoje está com oitenta anos e muito bem de saúde.

Uma senhora de oitenta e sete anos escreveu-me, contando que utiliza a Aloe para o crescimento de seus cabelos e para tingí-los. Seus cabelos brancos estão ficando louros.

Uma outra senhora, de setenta e cinco anos, escreveu-me de Timbó/SC, que seus cabelos estavam bastante ralos de tanto tingi-los e por sempre fazer permanente. Após tratá-los com Aloe, eles voltaram a ficar mais espessos. Suas mãos, rudes e calejadas, ficaram lisas e elásticas e as manchas salientes e acinzentadas de sua pele desapareceram, ao passo que as manchas pretas e lisas continuavam presentes.

Um senhor que eu já conhecia há 30 anos visitou-me. Ele não pôde apertar-me as mãos porque a parte interna delas estava cheia de pequenas cascas de feridas. Qualquer movimento das palmas das mãos causava-lhe fortes dores. Para mim, tratava-se de uma forma de sarna química. Seus médicos já lhe tinham prescrito diversos cremes, mas nenhum teria apresentado efeito. Fui ao jardim, cortei uma folha de Aloe e pedi que fizesse um teste. Ele retornou sorridente, depois de 14 dias, mostrou-me suas mãos e comentou jocosamente: “Agora elas estão finas como as de uma virgem“.

Recentemente, eu estava viajando com minha esposa de Santos a São Paulo. No trânsito congestionado da serra, ela foi picada por um borrachudo. Esses insetos minúsculos, às vezes não maiores que a cabeça de um alfinete, causam uma coceira intermitente que pode persistir por semanas ou meses. Recomendei à minha esposa que aplicasse Aloe sobre a minúscula área da picada. Como num passe de mágica, a coceira cessou e nada mais apareceu.

Aliás, esses borrachudos são mais caros do que o ouro. A indústria farmacêutica compra-os para extrair deles uma substância rara. Mas é preciso muito trabalho para conseguir reunir 1 g de borrachudos. Para tanto esforço, mesmo o preço do ouro é muito baixo.

Todos esses casos relatados apenas confirmam o que já se observara há milênios e que, neste livro, aparecem com detalhes históricos e, em parte, já fundamentados por pesquisas científicas e testes duplos cegos.

A Aloe, de que nessa introdução falamos apenas de forma superficial, demonstra, por meio de seus extraordinários efeitos, ser o instrumento apropriado que o médico deveria ter à mão para acompanhar e complementar tratamentos convencionais. Em mais de 100 doenças diferentes, ele chegará, com a Aloe, a um índice ainda melhor de curas e abrandamento dos freqüentes e desagradáveis efeitos colaterais, como, por exemplo, da terapia do câncer. Além da medicina tradicional e da Aloe, este livro apresentará mais dois caminhos naturais complementares para se chegar, mediante a integração dessas quatro ações concomitantes, à “Estratégia do Quarteto“. Essa “terapia lógica“ baseada em minha doutrina dos capilares transcorre em quatro caminhos paralelos e com a atenção voltada simultaneamente ao mesmo objetivo: aplicar sempre a melhor terapia possível! Essas quatro pistas formam um grande “V“, simbolizando a “vitória“ (vide o logotipo na capa do presente livro).

Esses novos conhecimentos que adquiri ao longo de muitos anos de pesquisas com a Aloe desembocaram na minha doutrina dos capilares. Ela nos descortina um novo e fascinante horizonte na compreensão da origem de muitas doenças. Esses conhecimentos oferecem-nos um indicador da direção lógica a ser seguida no tratamento das enfermidades. Dessa maneira podem ser melhoradas e complementadas tanto as medidas preventivas quanto as terapias, visando a preservação e o restabelecimento da saúde.

Um homem sadio tem mil desejos, um doente apenas um: Saúde!

Enviei ao Ministério da Saúde da Alemanha um exemplar de meu livro. Em carta de agradecimento datada de 9 de dezembro de 2002, o Ministério da Saúde escreve: “A Ministra recebeu e ficou muito interessada pela sua obra. É muito importante acompanhar o desenvolvimento da medicina e conhecer novas terapias e meios dos quais ela se vale para a restituição ou preservação de nossa saúde, ainda mais quando isso também representa abrir novas fontes de reservas bem mais econômicas.” A Ministra Sra. Schmidt desejou ao meu livro e ao Percurso da Vitória da Aloe muito sucesso.

O texto deste artigo é do um capítulo do livro do Autor Michael Peuser; "OS CAPILARES DETERMINAM NOSSO DESTINO", 330 pag. 6 pag. col. R$ 50,00 (no Brasil) e EUR 25,00 (exterior).
Pedidos: www.aloevital.com.br ou em todas as livrarias do Brasil ISBN 85-89850-01-3
Este livro é uma tradução do bestseller alemão: "Kapillaren bestimmen unser Schicksal".
Livro homenageado com um "VOTO DE APLAUSO" pelo Senado Federal em Brasília no mes de abril de 2010.